sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Escola Técnica Estadual de SP - ETEC´s

Cursos gratuitos para o ensino médio e técnico. Curso de eletrônica a tarde e telecomunicação no período da tarde.

INTERTUR 2007 - Roteiros e Tendências de Mercado.

CONCURSO DE CADASTRO DOCENTE 2007 - Publicação do Deferimento de Inscrição e Convocação para Prova Objetiva e/ou Prova Didática.

Apresentação de duas das profissões de nível técnico da área de Informática: Técnico em manutenção de computadores e Programador Web. Os clips são de responsabilidade do Portal IUM (http://www.ium.org.br) e da TV Cultura (Programa Pé na Rua - http://www2.tvcultura.com.br/penarua/) e foram apenas organizados nesta apresentação.

APM-ETESP: MATHEUS RODRIGUES DO 2º DELTA FOI O GANHADOR DO NOTEBOOK.

CONFIRA NOVAS REALIZAÇÕES DA APM
Ensino Médio - Agenda Cultural 2007 / LISTA DE CLASSIFICADOS PARA A 2ª FASE DA OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA
Conheça os resultados do Sistema de Avaliação Institucional da ETESP (Síntese - SAI 2006)

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE SÃO PAULO
AV. TIRADENTES, 615 - CAMPUS FATEC 3326.0993/3227.1310
etesp@terra.com.br

Verifique no site datas de VESTIBULINHO
Ensino Médio e Ensino Técnico

Importante: O Ensino Médio é oferecido aos candidatos que concluiram ou estão concluindo o Ensino Fundamental. Os Cursos Técnicos são oferecidos aos candidatos que concluiram o Ensino Médio ou estejam cursando a 2ª ou 3ª série.

CURSOS PERÍODO VAGAS
ENSINO MÉDIO MANHÃ 200*
ADMINISTRAÇÃO TARDE e NOITE 40
DESENHO DE CONST. CIVIL TARDE 40
ELETRÔNICA MANHÃ e NOITE 40
GESTÃO AMBIENTAL TARDE 40
INFORMÁTICA TARDE e NOITE 40
TELECOMUNICAÇÕES TARDE 40
TURISMO TARDE 40

(*)01 turma a mais conforme plano de expansão do Ensino Médio nas Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, proposto pelo Sr. Governador.

Documento para a Inscrição:
O candidato que tenha cursado integralmente o Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) em instituições públicas e pretender ter sua nota final acrescida de pontos, deverá, no ato da inscrição, entregar uma cópia simples do histórico ou declaração escolar que conste o nome das escolas públicas, mencionando se as mesmas são estaduais, municipais ou federais.

Essa foi a turma do curso Tecnico em Informatica da ETEC - Dr. Antonio Eufrasio de Toledo de Presidente Prudente - SP.[fevereiro de 2008 a junho de 2009].

Informações de outras ETECs, cursos, provas e gabaritos anteriores, acesse www.vestibulinhoetec.com.br ou www.centropaulasouza.com.br

As 101 Leis Universais de Negócios

A primeira lei dos negócios reza: o seu plano contém o único cenário que não vai acontecer. Preparado para as outras? Brincando, brincando....
Por Barry J. Gibbons (Chairman da Burger King entre 1989 e 1994)

O projeto de Deus correu bem nos primeiros anos. Até o dia em que apareceram os negócios. Quando primeiro emergiu numa forma reconhecida, na Idade Média, o negócio não era mais do que uma extensão das dimensões sociais da comunidade. A palavra "companhia" deriva do conceito de juntar o pão (do latim cum panis). Mas se carregarmos no botão do fast forward até aos finais do século XX e carregarmos, depois, no play, vemos uma imagem muito diferente. Complexo, paranóico, anti-social, hierárquico, burocrático, rotina e tenso — algumas destas palavras dizem-lhe alguma coisa?

A forma como os negócios modernos se desenvolveram foi um dos principais erros de Deus. E existe alguma forma de pôr ordem neste caos? Felizmente, acredito que sim. Da mesma forma que as leis universais governam a nossa existência — como a morte e a gravidade —, acredito que uma série de leis universais existe nos negócios.

Por exemplo, quase todas as empresas criam um plano de negócios, uma reflexão acerca do presente e do futuro. Imagine que Deus teria acesso ao seu plano. Já o estou vendo rindo que nem um doido: o que você diz do presente já é engraçado, mas as suas previsões para o futuro são muito mais hilariantes. É que Ele já sabe o que vem aí. Isto leva-nos à primeira lei universal: quando tiver completado o seu plano de negócios, ele contém o único cenário que garantidamente não acontecerá. Esta lei vai ajudá-lo a diferenciar os gestores dos líderes. O primeiro vive para o plano. O líder, por outro lado, volta da apresentação, coloca o documento junto de todos os outros, digere o fato de que, pelo menos, há uma noção clara do que não irá acontecer e prepara-se para lidar com o que quer que seja que vem aí. Eis outras leis universais:

Monstros no trabalho

É incrível como seres humanos maduros e civilizados se transformam em pessoas débeis mentais, insensíveis, avarentas e abusadoras quando entram nas empresas: encorajamos o risco, mas castigamos o erro; defendemos o trabalho em equipe e recompensamos as pessoas que se destacam dos outros. Os indivíduos que representam os pilares da sociedade mentem sem pensar duas vezes e as pessoas que servem de exemplo para a boa contabilidade do lar gastam o dinheiro da empresa de forma que envergonhariam uma criança no centro comercial. Mas nada disto nos surpreende: é mais uma evidência do sentido de humor de Deus. Lembre-se que foi Ele que fez Beethoven tão surdo que ele próprio pensou que era pintor. Por alguma razão, alguma coisa nos acontece quando vamos trabalhar e começamos a fazer as coisas erradas. Onde erramos mais vezes é na forma como tratamos os outros. Não tem de procurar muito para encontrar exemplos — basta olhar para uma empresa que foi alvo de um downsizing e como alguns dos empregados ficaram sabendo que tinham sido despedidos: por voice mail. Lide com as pessoas individualmente, como se estivesse lidando com a sua irmã. Se não tiver irmãs, imagine-se do outro lado. Despedir pessoas não é uma tarefa que agrade à maioria dos gestores. E a faceta civilizada que existe em todos nós pode levar a soluções disparatadas. Quando é necessário dispensar cinco mil pessoas, despedir apenas três mil, só porque somos uns corações moles, não é a solução de negócios correta. Aqui, a lei universal é ser implacável na decisão, mas gentil na execução. Defina o que se tem de fazer, mas não tente implementar a sua decisão em 24 horas. Acima de tudo, seja honesto com as pessoas e faça tudo para facilitar a saída dos empregados dispensados. Outra das áreas em que as pessoas cometem mais erros é em questões monetárias. Estou farto de ver os cuidados exibidos por bons contabilistas do lar desaparecer quando vão trabalhar. É o que acontece, por exemplo, com decisões de investimento. Quando estiver tomando estas decisões, considere que, se você não usaria o seu próprio dinheiro num projeto, então não deve gastar o de outra pessoa. Esta é uma regra de ouro, pois não se deve investir em algo só porque está disponível e não porque é realmente necessário. Isso leva-nos à lei seguinte: investimentos tangíveis devem alcançar rendimentos tangíveis. Para isso, devem definir-se antecipadamente os resultados e responsabilizar alguém pela sua obtenção. Esta regra torna-se cada vez mais importante à medida que o capital intelectual representa uma porção maior dos ativos da empresa. A empresa tem de investir no seu desenvolvimento e o segredo está em fazer a análise "custo versus resultados potenciais", que os gestores aplicam todas as semanas nas suas casas. Mentir é outra das coisas que se faz muito nas empresas. Os relatórios anuais estão cheios de mentiras. Existem mentiras e mentiras e acredito que aquelas que servem para enganar não trazem nada de bom ao negócio. Para acabar com isto, eis o meu conselho: se esta comunicação de negócios não enganaria a sua mãe, então o melhor é tentar de novo.

O poder do dinheiro

Quando finalmente cheguei à gestão de empresas, descobri que muito pouco do que tinha aprendido na universidade tinha alguma utilidade. Mas lembro-me de uma coisa do tempo que passei na escola de negócios — o sermão que ouvi acerca da teoria da motivação. Maslow e Hertzberg defendiam que as pessoas não procuravam apenas recompensas monetárias no trabalho. Para além disso, queriam alcançar satisfação, responsabilidade e muitas outras coisas. Não fiquei feliz com essas noções, mas não me dei ao trabalho de procurar alternativas. Pensei que estas idéias acabariam, tal como as de Keynes, numa lixeira de pensamentos de gurus. Mas enganei-me. Recentemente descobri que a teoria da motivação ainda está nos menus das escolas de negócios e fui obrigado a pensar no assunto. As minhas conclusões resultaram, entre outras coisas, na seguinte lei universal: as pessoas funcionam com moedas. Se você é um capitalista iluminado, conseguirá satisfazer as outras necessidades dos seus empregados, mas não é depois do dinheiro ou em vez do dinheiro.

É com o dinheiro. Uma boa regra é 10 partes de dinheiro para cada parte das outras necessidades.

A reengenharia, o corte de custos e os maus investimentos em sistemas e tecnologia deixaram as empresas com falta de pessoas. Claro que a última coisa que a organização vai dizer é: "Nos enganamos, vamos readmitir os 11 mil despedidos". Em vez disso, os empregados são obrigados a trabalhar mais horas. Mas não devemos ter pena de toda a gente. Há quem goste de chegar a casa à meia-noite. O segredo está em descobrir os biorritmos dos empregados e jogar com eles.

O resultado será uma força de trabalho flexível e empregados motivados. Mas cuidado: se precisar constantemente que os seus empregados trabalhem semanas longas, então é porque necessita mesmo de mais gente. Responder a uma crise de curto prazo é uma coisa, mas uma empresa não pode tentar manter um negócio com empregados trabalhando mais de 50 horas por semana. As abordagens modernas da motivação envolvem fazer pequenas (e baratas) concessões para melhorar o ambiente de trabalho. A melhor delas é o Casual Friday, uma tentativa de lidar com um dos principais paradoxos nos negócios atuais: quando as empresas precisam motivar os empregados, tratam-nos como cães patetas. Isto, claro, os desmotiva. E este paradoxo rouba muito tempo ao conselho de administração, porque é muito difícil encontrar os ossos apropriados para atirar aos cães para reverter o efeito. Quanto ao vestuário, a regra é simples: os códigos de vestuário são patéticos. Preocupe-se em contratar as pessoas certas e esqueça o assunto. A má notícia é que ele sabe melhor o que é apropriado do que os "gordinhos" do conselho de administração, que perderam o contato com o mundo real.

Sair enquanto é tempo

Os líderes são contratados por tempo indefinido e só se vão embora quando são apanhados pelos caçadores de cabeças ou quando o fracasso assim os obriga. O fenômeno é recorrente, Charles Handy lembra-nos da necessidade de nos reinventarmos constantemente: a curva sigmóide vai se concretizar, por isso você deve sair da situação ou reinventá-la, mesmo antes da curva atingir o seu máximo. Nos negócios isso significa mudar o líder. Vários sintomas indicam que é altura de mudar de líder. Não são difíceis de identificar e normalmente manifestam-se como variações da complacência.

O primeiro é: as pessoas respondem ao que um líder faz negativa ou positivamente e, gradualmente, ele começa a fazer o que elas querem. O líder tem sempre o mesmo comportamento, mesmo quando ele não se adapta às circunstâncias. Aplicam-se fórmulas só porque elas funcionaram no passado. Nunca se deve aceitar a seguinte lógica: estamos fazendo isto porque sempre o fizemos desta forma ou não o estamos fazendo porque nunca o fizemos.

O segundo sinal é a procura de zonas de conforto. Para evitá-las, procure seguir esta regra: contrate apenas pessoas capazes de lhe vencer; defina objetivos difíceis de alcançar; proíba-se de tomar o caminho mais fácil. Lembre-se: Michelangelo optou por pintar a Capela Sistina.

Não prestar atenção suficiente aos planos de sucessão é outro dos sintomas de um líder com problemas. Isto acontece normalmente com contratos de duração indefinida. Ninguém se compromete com a sucessão, porque ninguém quer que ela se torne realidade. Por outro lado, se o fim do reinado de um líder for programado, ela torna-se muito mais honesta, real e essencial.

A sucessão não deve envolver qualquer pânico ou surpresa. Um dos maiores feitos de Goizueta foi a bolsa ter respondido à sua morte sem alteração, de tão eficiente que ele foi em preparar Doug Yvester para o cargo. O último sintoma de que um líder está há muito tempo num cargo é a falta de crises ou demasiados sinais de sucesso. Uma crise pode ser o que uma empresa precisa, de vez em quando, para mantê-la acordada para a competição. Uma liderança longa pode também trazer perigosas mensagens subliminares de que tudo está bem. Por isso, se há muito tempo que não tem uma crise, invente uma e mantenha todos os sinais de sucesso longe da vista. A sala do conselho administrativo ganha uma mesa de mármore nova e a mensagem sai para a rua: estamos ricos. Vamos almoçar!

Inquietação permanente

Para a maioria das pessoas, a especificação do produto é a área mais fértil para a inovação. Outros crêem que o preço é o segredo para o desenvolvimento de uma fórmula vencedora.

E, de fato, as inovações nas especificações de preço e de produto são as mais óbvias. No entanto, não devemos esquecer as menos explícitas. A inovação na relação que uma empresa mantém com os clientes é crucial para o que eu acredito ser a grande oportunidade do novo branding: o desafio de reinventarmos constantemente a nossa maneira de fazer as coisas. É necessário o que Allen Shepard descreveu como "um estado permanente de inquietação", uma mentalidade que questiona cada dia que passa. Nos negócios um estado de inquietação permanente é uma ótima doença. A quantidade de dinheiro que está sendo hoje investida no desenvolvimento de produtos é assustadora. Todas as empresas sentem a necessidade de inovar. Mas elas não o devem fazer só porque podem — devem inovar, com vista ao que o utilizador realmente precisa. O atual microprocessador Pentium Pro contém 5,5 milhões de transistores e no ano 2011 deve conter cerca de um bilhão. Eu estaria realmente impressionado se não fosse pelo fato de eu apenas usar cerca de 15 transistores e de não ser capaz de reconhecer um chip da Pentium.

Acertar na inovação significa também contratar as pessoas certas. Mentes inquietas e inovadoras para fazer o trabalho técnico e contagiar todos os outros com a doença da inovação. Para desenvolver uma cultura inovadora, tem de contratar alguns Jack Nicholsons (no filme The Shining). Nem sempre é confortável, mas necessita de algumas mentes "estranhas".

O mundo em 2015

13 de Janeiro de 2015. Eis o que aconteceu a alguns personagens dos negócios. Steve Jobs deixou a Apple, 11 anos depois de começar a procurar o seu sucessor, e abriu uma casa de moda em Milão. Anita Roddick fechou a Body Shop e começou uma liga feminina profissional de baseball. Albert Dunlap viu o rosto de Cristo nos seus cereais matinais e doou a sua fortuna a uma pequena abadia andaluza. Tom Peters juntou-se aos últimos vestígios dos Crosby, Stills, Nash and Young para uma série de conferências. Michael Eisner fracassou na sua candidatura à presidência dos Estados Unidos de 2008 e abriu uma cadeia de clubes de dança na Argentina. A Nike assinou um contrato de 10 anos de patrocínio com a NASA.

Outras leis universais

- Se não conseguir delegar o que há para ser feito, não saberá delegar como é que deve ser feito.
- O sucesso completamente inexplicável é preferível às sofisticadas razões apontadas para o fracasso.
- Se você é um líder, mostre o seu envolvimento emocional. Se perder a paciência, leve o nível de decibéis até que se assemelhe a um concerto dos Who. Quando rir, ilumine todo o território à sua volta.
- Uma aliança não pode ter um vencedor e um vencido. Se tiver, então, tem que se lhe dar outro nome.
- A sobrevivência e a prosperidade a longo prazo — os únicos objetivos que realmente importam — serão construídas com base na sua unicidade. Concentre-se nela.
- Alguns negócios são como as crianças. Se as ama tem de estar preparado para um dia as ver partir.
- O seu Deus deu-lhe dois olhos, duas orelhas e uma boca. São quatro órgãos para receber informação e um para dar. Esta é uma boa proporção para uma cultura de desafio.
- A informação interna da sua empresa é coisa mais parecida com metais preciosos no seu negócio. Feche-a a sete chaves quando não a estiver usando e previna sempre o acesso não autorizado a ela.

Condensado de If You Want To Make God Really Laugh, Show Him Your Business Plan — The 101 Universal Laws of Business, de Barry J. Gibbons. © 1999 by Amacom. Publicado com a permissão de Amacom. Todos os direitos reservados. Adaptado por Cíntia Sakellarides (revisão por Leo Toscano)

as 3 leis de Niklas Zennström

Palestra de Niklas Zennström no Insper, criador do Skype, Kazaa entre outros sobre as 3 leis para o sucesso nos negócios.

Marcas e Patentes


Pela Lei da Propriedade Industrial Nº 9279/96, regras de jogo não são patenteáveis.

No entanto, a parte concreta de um jogo, se enquadrada dentro dos critérios de patenteabilidade, pode ser objeto da concessão de uma patente. Caberá ao Examinador de Patentes verificar se tais critérios foram satisfeitos. Se não se tratar de uma patente, consulte o registro de desenho industrial, que é uma outra forma de proteção.

Sobre desenho Industrial.

O art. 95 da Lei da Propriedade Industrial - Lei 9279/96 diz que: "considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial".

Para saber sobre Desenho Industrial, contactar a Coordenação de Desenho Industrial, e-mail: diredi@inpi.gov.br ou tel: (21) 2139-3330 / 3327.

Segue abaixo um informativo geral sobre depósito de pedido de patente:

A patente é um título concedido pelo Estado, que confere, temporariamente ao seu titular, a propriedade sobre um invento tecnológico ou um modelo de utilidade que possa ser industrializado, ou seja, a um produto ou processo de produção de um produto a ser aplicado, a ser serialmente repetido, em indústria.

O art.8º da Lei da Propriedade Industrial - Lei 9279/96 diz que: "É patenteável a invenção que atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial".

O art.9º diz que "é patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação".

Por novidade entende-se o que não está compreendido no estado da técnica. E o estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12,16 e 17.

A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.

O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.

A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.

Veja que nem todas as invenções podem ser patenteadas. A Lei da Propriedade Industrial (LPI) exclui de proteção alguns tipos de criações:

Por exemplo, não se pode conceder uma patente para técnicas cirúrgicas ou terapêuticas aplicadas sobre o corpo humano. Também não são patenteáveis planos, esquemas ou técnicas comerciais, de cálculos, de financiamento, de crédito, de sorteio, de especulação e propaganda. Isso inclui planos de assistência médica, de seguros, esquemas de descontos em lojas e também os métodos de ensino, plantas de arquitetura, obras de arte, músicas, livros e filmes, assim como apresentação de informações, tais como cartazes e etiquetas com o retrato do dono. Tampouco se pode conceder patente para idéias abstratas, descobertas científicas, métodos matemáticos ou inventos que não possam ser industrializados.

Algumas dessas criações podem ser protegidas pelo Direito Autoral, que nada tem a ver com o INPI.

Para ter uma visão geral sobre patentes, um ótimo caminho seria ir no link "perguntas freqüentes". Acesse www.inpi.gov.br > Patentes > Perguntas freqüentes. Leia também a cópia do nosso folder explicativo apresentada ao final deste e-mail.

Procedimento para depósito de pedido de patente:

Para fazer um pedido nacional de patente é necessário depositar no INPI o formulário 1.01 – “Depósito do Pedido de Patente”, em 4 vias, pagar uma guia de recolhimento referente ao pedido de patente, e anexar a redação da patente requerida (que consta do Relatório Descritivo, das reivindicações que se deseja proteger, dos desenhos, e do resumo do Relatório) também em 4 vias e segundo os padrões exigidos pelo INPI.

Após depositado o pedido de patente será feito um exame formal preliminar para checar se o pedido está corretamente instruído e em conformidade com o padrão exigido. Não havendo ou já cumpridas as exigências deste exame, o requerente receberá a sua cópia protocolada com o número definitivo do pedido. Este, então, estará devidamente depositado.

Para depositar um pedido nacional de patente por via postal é necessário que o envelope de remessa ao INPI venha com indicação de código DVP (devolução via postal).

Remeter esse envelope para INPI/DIRPA/CGPROP Praça Mauá, nº7 - 8ºandar – Centro – CEP:20083-900 – Rio de Janeiro – RJ, contendo:

1- O formulário 1.01 – “Depósito do Pedido de Patente” em 4 vias preenchidas.
2- A guia de recolhimento paga referente ao pedido de patente.
3- A redação da patente requerida (que consta do Relatório Descritivo, das reivindicações que se deseja proteger, dos desenhos, e do resumo do Relatório) em 4 vias e conforme os padrões exigidos pelo INPI.
4- Um envelope para papel A4, selado e com o seu endereço para que o INPI possa devolver sua cópia protocolada.

Gostaria de informar que pode-se obter o formulário 1.01, o modelo de padronização de redação exigida, e a guia de recolhimento na sede, nas delegacias do INPI e nos postos avançados espalhados pelo País, e também via internet através do sítio do INPI www.inpi.gov.br.

Para saber os endereços do INPI que mais se adequam à sua localidade acesse www.inpi.gov.br > O Instituto > Endereços e telefones.

Para obter o formulário via internet siga o caminho: acesse www.inpi.gov.br > Patentes > Formulários > Patentes (todos os formulários compactados em um único arquivo ZIP) > REG_PAT.DOC.

Para obter os modelos de pedido de patente, acesse www.inpi.gov.br > Patentes > O que é patente? > Exemplos de Pedidos de Patentes.

É aconselhável estudar o Ato Normativo nº 127 de 05/03/1997 que trata, entre outros assuntos, das especificaçôes para elaboração do relatório descritivo, reivindicações, desenhos e resumo.

Para obter o Ato Normativo nº 127 acesse www.inpi.gov.br > Patentes > Legislação Patente > Ato Normativo nº 127/97.

A seguir, o roteiro para retirada da Guia Eletrônica de Recolhimento para os serviços de Patentes:

MODELO PARA RETIRADA DA GUIA DE RECOLHIMENTO - VIA INTERNET

Para retirar a “Guia Eletrônica de Recolhimento” é necessário primeiro se cadastrar com senha e login. Caso já esteja cadastrado inicie pelo nº 7. Caso não esteja cadastrado, por favor siga o seguinte roteiro:

Acesse o sítio oficial do INPI: www.inpi.gov.br
Clique no link "Serviços". Clique em "Cadastro".

No item "Novo cliente?" clique em "Próprio interessado".
Caso aceite o Termo de Adesão pressione "eu aceito" para abrir a página de cadastro.
Preencha-o e clique em "salvar".

Vá ao link “serviços” e clique em “acesso ao sistema de guia de recolhimento da união".

Entre com seu login e senha, e clique em "OK".
Então selecione a unidade "Patente de Invenção e Modelo de Utilidade".
Selecione o serviço, ou digite o código do serviço e tecle "Enter".
Proceda à informação solicitada , e então, tecle "Confirma".
Se o valor da guia estiver correto, clique em "Finalizar Serviço" e logo após "Emissão da GRU Cobrança em PDF".
Desça a tela, clique em "imprimir".
Pague a guia preferencialmente em uma agência do Banco do Brasil.

Caso deseje consultar a tabela com os códigos dos serviços da Diretoria de Patentes, acesse www.inpi.gov.br > Patentes > Custos. Aparecerá a tabela com os códigos dos serviços e os respectivos valores.

Importante:
Por favor não esqueça seu login e sua senha a fim de que possa efetuar futuras emissões de guias.
Lembre-se que uma via do boleto impresso ficará no banco e a outra (original) tem que ser anexada obrigatoriamente ao processo.
Informações sobre custos:
Custos básicos para Depósito de pedido de Patente de Invenção (PI) ou Modelo de Utilidade (MU):

A taxa de depósito para pessoas físicas; microempresas, assim definidas em lei; sociedades ou associações de intuito não econômico e órgãos públicos é de R$ 55,00 (código 200). Para pessoas jurídicas o valor é de R$140,00 (código 200).

O pedido de exame de PI para pessoas físicas; microempresas, assim definidas em lei; sociedades ou associações de intuito não econômico e órgãos públicos é de R$ 160,00 (código 203) com até 10 reivindicações. Para pessoas jurídicas o valor é de R$ 400,00 (código 203).

O pedido de exame de MU para pessoas físicas; microempresas, assim definidas em lei; sociedades ou associações de intuito não econômico e órgãos públicos é de R$ 110,00 (código 204). Para pessoas jurídicas o valor é de R$ 280,00 (código 204).

A anuidade de pedido de PI no prazo ordinário para pessoas físicas; microempresas, assim definidas em lei; sociedades ou associações de intuito não econômico e órgãos públicos é de R$ 80,00 (código 220). Para pessoas jurídicas o valor é de R$ 195,00 (código 220). No prazo extraordinário o valor é de R$ 290,00 (código 221).

A anuidade de pedido de MU no prazo ordinário para pessoas físicas; microempresas, assim definidas em lei; sociedades ou associações de intuito não econômico e órgãos públicos é de R$ 50,00 (código 240). Para pessoas jurídicas o valor é de R$ 130,00 (código 240). No prazo extraordinário o valor é de R$ 195,00 (código 241).

Para maiores informações, favor observar a Tabela de Retribuição de Serviços da Diretoria de Patentes. Acesse www.inpi.gov.br > Patentes > Custos.

Acompanhe periódicamente seu processo de patente.

Formas para acompanhar/consultar processos de patente:

1. Acesse o sítio do INPI www.inpi.gov.br e clique no link "Pesquisas", a seguir clique em "Pesquisar Base de Patentes", depois repita os caracteres solicitados para entrar na pesquisa. Então, entre com o nº do processo. Na página que se abrirá clique sobre o número do pedido ou da patente para ver os detalhes e despachos referentes.

Alguns documentos de patentes estão disponíveis na integra no quadro (link) acima do "Leia-me antes" mostrado na tela à direita.

2. De posse do número da RPI - Revista da Propriedade Industrial apresentado ao lado do despacho no "Pesquisar Base Patente", pode-se ainda consultar, via sítio do INPI, a referida revista:

Acesse o sítio do INPI www.inpi.gov.br e clique no link "Revista", depois clique em RPI - Revista Eletrônica (Publicação Oficial da versão completa em PDF). Digite o número da RPI no local solicitado e clique em "Download".

Na barra de menu horizontal acima clique em "Search". Aparecerá no lado da tela a pergunta: "What word or phrase would you like to search for?". No retângulo abaixo, entre com o número do seu processo da seguinte maneira: as letras PI ou MU em letra maiúscula, espaço, os digitos numéricos (ex: MU 0123456-7). Clique no botão "Search". Abaixo, ainda na direita da tela, aparecerá os resultados da busca ("Results") com uma seqüência de números de seu pedido. Clique neles para localizá-los na RPI

3. Para consultar se nas três últimas revistas saiu algum despacho referente ao número do processo, acesse www.inpi.gov.br, clique no link "Revista" e depois escolha uma entre as três revistas apresentadas clicando sobre a escolhida.

Aparecerá o quadro "Download de Arquivo", peça para abrir o arquivo. Agora, aparecerá o quadro filzip. Sob a coluna "nome" clique duas vezes no documento (extensão txt) apresentado. Se abrirá o bloco de notas. Clique em "Editar" e logo a seguir em "Localizar". Por fim, no quadro "Localizar" digite o número do seu pedido e tecle "Enter".

4. Requerendo ao INPI uma Certidão de Andamento através de formulário de petição:

(AN n.º 130 / 97 - Modelo 1.02 - item 6.25, especificando ser certidão de andamento) com o comprovante do pagamento da retribuição devida.

Deve ser solicitado somente um processo por petição.

5. Ligando para os telefones (21) 2139-3679 / 3797 / 3314 / 3638 / 3601 / 3547.

OBS: estes mesmos telefones podem ser utilizados para esclarecimentos.
Gostaria de sugerir a obtenção da Lei da Propriedade Industrial Nº 9279/96, disponível no site do INPI em: www.inpi.gov.br > patentes > Legislação Patente > Lei da Propriedade Industrial Nº 9279/96.

Cópia do folder explicativo:

Ministério da Indústria, do Comércio e do Desenvolvimento
INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DIRETORIA DE PATENTES

Praça Mauá, nº 7 – 9º andar – Centro – CEP: 20083-900 – Rio de Janeiro – RJ
Fones: (0XX21) 2139-3679, 2139-3797, 2139-3314, 2139-3638 ou 2139-3601
Fax: (0XX21) 2139-3194

Visite nossa homepage: http://www.inpi.gov.br

Parabéns, Inventor(a)!
Você agiu corretamente, procurando o INPI para proteger seu invento. A Patente é o instrumento correto para isso.

Leia atentamente esta publicação, pois você vai encontrar aqui informações sobre o que fazer e como proceder para obter a sua Patente.

Para fazer valer o seu direito, você precisa depositar um Pedido de Patente que, depois de devidamente analisado por um Examinador de Patentes, poderá se tornar uma Patente válida em todo o território nacional.

A patente é formada pelas seguintes partes: Relatório Descritivo, Reivindicação, Desenhos e Resumo.

Atenção: nem todas as invenções podem ser patenteadas, pois a Lei da Propriedade Industrial (LPI) exclui de proteção alguns tipos de criações:

Por exemplo, não se pode conceder uma patente para técnicas cirúrgicas ou terapêuticas aplicadas sobre o corpo humano. Também não são patenteáveis planos, esquemas ou técnicas comerciais, de cálculos, de financiamento, de crédito, de sorteio, de especulação e propaganda. Isso inclui planos de assistência médica, de seguros, esquemas de descontos em lojas e também os métodos de ensino, plantas de arquitetura, obras de arte, músicas, livros e filmes, assim como apresentação de informações, tais como cartazes e etiquetas com o retrato do dono. Tampouco se pode conceder patente para idéias abstratas, descobertas científicas, métodos matemáticos ou inventos que não possam ser industrializados.

Algumas dessas criações podem ser protegidas pelo Direito Autoral, que nada tem a ver com o INPI.

No caso de sua criação ser protegida pelo Direito Autoral, existem diversos órgãos responsáveis pelo seu registro, tais como a Secretaria de Educação (no Rio de Janeiro, fica na Rua da Imprensa, nº 16 / 12º andar; telefone: (0XX21) 2220-0039, nos fundos da Biblioteca Nacional), o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) etc.

Em alguns casos, pode-se recorrer a um cartório de títulos.

O art. 10 da LPI lista as matérias para as quais não se pode conceder uma patente.
Busca Prévia:

Antes de depositar o seu pedido de patente, é altamente recomendável que você faça primeiro uma busca de anterioridades. Para tanto, dirija-se ao 7º andar do Edifício-Sede do INPI (Praça Mauá, nº 7 – Centro – Rio de Janeiro – RJ), onde se localiza o nosso Banco de Patentes. Um examinador especialmente treinado irá selecionar os campos correspondentes ao seu invento, de modo que você somente tenha que manusear um número mínimo de pastas. O custo dessa busca é baixo, e as cópias são pagas à parte. Você receberá as pastas contendo os documentos de patentes (tanto brasileiros quanto de outros países) que tratam de assunto semelhante ao seu. Esses documentos vão ser úteis para determinar o que já existe (o “estado da técnica”) e o quanto você inventou (o “escopo da invenção”). Essas informações deverão constar do Relatório Descritivo do seu pedido de patente.

Não se esqueça de solicitar cópia de, pelo menos, 3 (três) documentos, que você pode usar como modelo para quando for escrever seu próprio Pedido de Patente.

É possível fazer uma busca, via INTERNET, em nosso site. Siga o link “Pesquisar Base Patente”, que fornece dados dos pedidos brasileiros depositados a partir de 1992, ou, ainda, você pode solicitar ao próprio INPI que faça a busca e remeta o resultado para você (“Busca Isolada”), a qual será cobrada em função da quantidade de documentos pesquisados, ou seja, da sua duração.

Caso existam documentos mostrando objetos iguais aos que você inventou, ele não pode ser considerado novo e nenhuma patente poderá ser concedida.

Natureza de Privilégio:
A Natureza da Patente vai ser determinada em função das diferenças existentes, podendo ser:
Privilégio de Invenção (PI) – Atividade Inventiva
Modelo de Utilidade (MU) – Melhoria Funcional no Objeto
Existe também o Certificado de Adição de Invenção, para proteger um aperfeiçoamento que você tenha feito em matéria para a qual você já tenha um pedido depositado ou mesmo a Patente de Invenção.

Para Redigir o seu Pedido de Patente:
O INPI publicou diversos Atos Normativos (AN) regulando como escrever os pedidos de patentes. Eles foram compilados na Coletânea de Atos Normativos – Patentes, que deve ser adquirida na Recepção. Adquira, também, a Lei de Propriedade Industrial (LPI – Lei Nº 9.279 de 14-05-1996). Tudo isso está disponível em nossa homepage.
Você deverá estudar os AN 127 a 130, de 05-03-1997.
Leia atentamente os AN antes de começar a redigir o seu Pedido de Patente!

Relatório Descritivo:
Estude bem os documentos semelhantes encontrados, e formule o seu nos mesmos moldes, tendo em mente que deve mencionar, no Relatório Descritivo, a existência dos pedidos anteriores (brasileiros ou não), assim como fornecer informações sobre objetos ou processos, semelhantes ao seu, já existentes até a data do depósito do seu pedido.

Compare-os com o seu objeto, destacando os avanços técnicos introduzidos pela sua invenção ou modelo.

O relatório deve ser suficiente, o que quer dizer que deve conter todos os detalhes que sejam necessários para permitir a um técnico da área reproduzir o objeto. A linguagem usada deve ser consistente, ou seja, um mesmo elemento só pode ter um nome, que não pode ser usado para designar qualquer outra parte do objeto. Por outro lado, cada elemento deve ter o seu próprio nome e respectivo número indicativo.
Todo Relatório Descritivo tem que começar com o título do pedido (não pode ser uma marca ou nome de fantasia). Uma forma de realização do Invento ou Modelo deve ser sempre descrita, mas também podem ser apresentadas variantes construtivas. Informe os materiais envolvidos, forma de utilização e tudo o mais que for importante.

Reivindicações:
O Quadro Reivindicatório precisa descrever corretamente o objeto. Deve ser sempre iniciado pelo título escolhido para descrever sua Invenção e conter a expressão “caracterizado por”, seguida das características técnicas genuínas da Invenção ou do Modelo, ou seja, aquelas que não existem nas anterioridades.

Deve-se, ainda, destacar as partes já conhecidas, que precisam ser estabelecidas entre o título e a expressão “caracterizado por”. Não vale simplesmente, catalogar todas as partes: é preciso estabelecer o inter-relacionamento entre elas. Expressões do tipo “... conforme mostrado na fig. ...”, ou “... a peça (3), que se liga à peça (4), por meio da peça (5)...” são consideradas inconsistentes e indefinidas, e não são aceitas como definição de um objeto. O texto da reivindicação deve ser escrito de modo afirmativo, sem expressões do tipo “... caracterizado por não possuir...”, nem descrição de vantagens ou formas de utilizar.
Variações podem ser apresentadas em reivindicações dependentes.

Desenhos:
Os Desenhos das patentes não podem conter texto descritivo, exceto “Fig. 1”, “Fig. 2”..., além dos números indicativos de todos os seus elementos. Com referência aos desenhos, tudo o que se relacionar à sua descrição deve ser feito no Relatório Descritivo e cada elemento deve ter um nome, que não pode ser repetido para outra parte do objeto. Não use marcas ou nome de fantasia.

Resumo:
O Resumo deve conter de 50 a 200 palavras e descrever corretamente o objeto.

O Depósito do Pedido:
Depois de tudo pronto e digitado, você pode depositar o seu pedido. O INPI vai exigir 3 (três) vias, e você vai querer ter uma em seu poder. Assim, você deverá entregar 4 (quatro) cópias no momento do depósito, ou 5 (cinco), caso queira ficar com duas. Elas devem ser precedidas de um formulário especial (“Depósito de Pedido de Patente”, Formulário 1.01), bem como da guia de recolhimento, devidamente paga em um banco autorizado. O formulário é distribuído na Recepção do INPI, mas você poderá imprimi-lo diretamente em um processador de textos, desde que fique igual. Já a guia de recolhimento deverá ser obtida no site oficial do INPI, após cadastro (link “Guia Eletrônica”). Na entrega, você vai receber um recibo provisório e deverá retornar posteriormente para apanhar sua(s) cópia(s), devidamente numerada(s) e filigranada(s). Antes de aceitar o depósito, será feito um exame formal preliminar para verificar se está tudo de acordo. Caso seja necessário, poderão ser feitas exigências que deverão ser cumpridas em até 30 dias, a contar de sua ciência,sob pena de não aceitação do depósito e devolução de sua documentação.

O Sigilo do INPI:
Após esse depósito, o seu pedido será mantido em sigilo pelo INPI, que somente vai publicá-lo após 18 meses. Esse intervalo de tempo pode ser estendido em alguns dias, pois existe um prazo para se preparar essa publicação na RPI (Revista da Propriedade Industrial). Note que quem tem que manter sigilo é o INPI e não você, que poderá divulgá-lo e iniciar sua produção ou comercialização.

Anuidades ($):
No segundo aniversário de depósito do seu pedido, começa o prazo (ordinário – 3 meses) para pagamento da anuidade (que é chamada de terceira anuidade, pois é devida no início do terceiro ano). Se perder esse prazo, ainda terá mais 6 meses (extraordinário), mas o valor a ser pago também é maior. Deixar de efetuar o pagamento das anuidades vai acarretar o arquivamento do seu pedido ou patente. Da data de arquivamento, corre o prazo de 3 (três) meses para o depositante requerer a restauração do andamento do pedido.

O Exame do Pedido:

O Pedido de Exame:
Para ter seu pedido examinado, ou seja, estudado por um Examinador de Patentes, você precisa apresentar uma Solicitação de Exame. Paga-se uma taxa específica, que cresce quando o pedido tem mais de 10 (dez) reivindicações, ou quando se trata de Privilégio de Invenção. Esse requerimento tem que ser feito dentro dos primeiros 36 meses contados da data de depósito do pedido, ou o mesmo será arquivado. Da data de arquivamento, corre o prazo de 60 (sessenta) dias para o depositante requerer o desarquivamento e solicitar o exame, sob pena de arquivamento definitivo.

Subsídios ao Exame (Antigas Oposições do CPI):

O Pedido de Exame não será mais publicado na RPI.
Terceiros podem apresentar subsídios ao exame do pedido, fornecendo ao INPI as razões e provas pelas quais consideram que a patente não pode ser concedida, pois o INPI não vai examinar nada antes de 60 dias contados da data da publicação do pedido. O exame vai levar em conta a documentação apresentada que for importante para a privilegiabilidade do pedido.

O Exame:
Depois disso tudo, virá o exame propriamente dito, que será comunicado através da RPI. O Examinador de Patentes vai emitir um Parecer Técnico expondo suas conclusões, que podem ser pelo Deferimento (concessão da patente) ou, então, fazer exigências para reformulação do pedido, a fim de que este possa receber a patente, ou, ainda, pelo Indeferimento (rejeição), hipótese em que o Examinador vai solicitar uma manifestação sua antes de decidir. Todas as suas respostas precisam ser depositadas em uma Recepção do INPI, por escrito, acompanhadas de formulário próprio (Formulário 1.02 – “Petições”) e do recibo de pagamento de uma taxa específica para cada caso. Cuidado com os prazos (em geral, de 90 dias da publicação na RPI), ou seu pedido pode ser arquivado definitivamente, inviabilizando a proteção patentária.

Carta-Patente:
Uma vez que o seu pedido tenha sido deferido, essa decisão será publicada na RPI, e o INPI vai aguardar o prazo de até 60 dias para que você solicite (pague) a expedição da Carta-Patente. O pagamento poderá, ainda, ser efetuado dentro dos 30 (trinta) dias subseqüentes, independente de notificação na RPI. Não perca esse prazo, pois sua patente será definitivamente arquivada.
Terceiros que se sintam prejudicados podem entrar com uma Ação de Nulidade da Patente, nos primeiros 6 meses da concessão, diretamente no INPI, ou, após esse prazo, judicialmente.

Fique atento e acompanhe os prazos referentes ao seu pedido na RPI, na Internet ou pelo terminal instalado na Recepção do INPI.

Atenciosamente
Leonardo Reis
e-mail: leoreis@inpi.gov.br
Tel: (21) 2139-3638
INPI/DIRPA/SEAESP

Boa tarde,

Gostaria de verificar a viabilidade de registrar a patente de 03 jogos que pretendo produzir e comercializar com as seguintes caracteristicas:

1 - Marca: JcNavegador - Dominok

Utilizando os numerais de 0 a 9, composto de 55 peças. O formato e semelhante ao tradicional dominó que está no lote D 0202 / D 0216.

2 - Marca: JcNavegador - Human (semelhante a configuração do xadrez)

Composto de um tabuleiro, na largura de 04 quadrados x comprimento de 11 quadrados, formando um retangulo de 44 quadrados

Peças:
02 (duas) - Coração
02 (duas) - Alma
02 (duas) - Corpo
02 (duas - Espirito
08 (oito) - Celulas

3 - Marca: JNavegador - Destino

Utilizando os numerais de 0 a 8, composto de 46 peças. O formato é de um losango, com divisão no meio para aplicação dos numerais.

Atento as suas observações, atenciosamente,

Julio Cesar de Almeida
11 - 2421 4967

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Como água para a criação

Iniciando esse nosso papo virtual, vou propor um exercício:

De olhos fechados, em um ambiente silencioso, imagine uma forma geométrica qualquer. Construa esta forma em seu cérebro. Agora coloque nessa forma um movimento que você acha que melhor se adapte a ela.

Visualize em seu cérebro essa forma e seu movimento por um tempo; depois adicione um som a essa imagem.

É importante que você não mude nada depois de sua escolha inicial.
Coloque um ritmo e, se quiser, letra, voz, música. Tudo funcionando em conjunto em sua mente.

Depois, respire fundo e associe um aroma. Tente sentir, realmente, este cheiro.

Mantenha na memória todo este conjunto e adicione uma emoção, ação ou um desejo.

Visualize uma imagem que represente tudo isso: a forma, o movimento, som, ritmo, aroma e emoção. Termine imaginando uma cor, uma única cor, que possa representar tudo o que você criou.

Crédito da ilustração: Bar - Alexandre Barbosa

Isso é sinestesia, e foi assim que trabalhei com o aluno deficiente visual que falei no texto anterior, O Cheiro do Design.

A razão de eu abordar esse assunto foi pelo retorno que obtive. Foi por sempre desejar trabalhar o design com olhares diferentes, e agregando cada vez mais conceitos e formas de linguagem, que iniciei pesquisas com a sinestesia, não apenas das cores, mas das formas geométricas, dos tipos, linhas, gestos etc.

O trabalho com deficientes visuais só faz com que fique mais clara a existência e eficiência da linguagem sinestésica.

Para nós, que enxergamos, é mais difícil sentir, perceber e, principalmente, ler essa linguagem, mas ela existe e é uma ferramenta rica e importante de comunicação que nós, designers, deveríamos entender, estudar, usar e aplicar cada vez mais.

Conseguir agregar a um logotipo, cartaz, cenário, elementos que vão além do que vemos, que fazem parte de um conjunto de sensações não visíveis, só faz com que cada trabalho feito, criado, possua um resultado mais eficiente e, com isso, tenha um contato mais direto com nosso receptor.

A sinestesia visual e todo o seu conjunto de sensações — formas, cores, tipos etc. — pode também estar presente em textos, palavras, gestos. Ou seja, ela está presente não apenas no que vemos, mas no que falamos e escrevemos. Está presente nesse texto.

Qual seria o conjunto sinestésico que eu criei no momento de escrever este texto?

Como em tudo que faço, crio; sempre começo com um conjunto sinestésico. Deixo todas as minhas linguagens aflorarem. Isso quer dizer que, ao iniciar esse artigo, tinha uma cor, um som, um aroma que se traduziram e ajudaram a compor essas palavras.

Nem sempre esse conjunto de sensações faz parte de nosso gosto pessoal, mas mesmo assim deve ser observado e levado em conta.

Muitos designers usam o ritmo, o som como inspiração para criação, como Rafic Farah e suas muitas obras criadas ao som de Pixinguinha ou Tom Jobim, fato contado por ele mesmo em um encontro que tivemos na universidade.

Essa inspiração é sinestésica e pode vir de aromas, formas, temperaturas, de toda e qualquer coisa que vai além da visão.

Fica aqui uma proposta e uma dica.

A proposta: faça o exercício inicial e me conte o resultado.

A dica: sempre ao iniciar um trabalho crie seu ambiente sinestésico de acordo com o tema de sua criação e verá como o resultado pode ser melhor.

Não sei que vocês, leitores repararam, mas os meus títulos fazem sempre uma relação com cinema.

O primeiro com o filme O Cheiro do Ralo

e, por isso, a partir deste artigo você encontra sempre uma dica de filme, que tenha alguma relação com o meu texto e uma dica de música. A relação design, cinema e música esta sempre presente em tudo que faço.

Para ver: Como água para Chocolate

Para ouvir: Putumayo – World Music

http://www.zupi.com.br

Márcia Okida designer gráfico, vice-presidente da Associação Cultural Vontade de Ver. Professora universitária nos cursos de Jornalismo e Produção Multimídia e coordenadora do curso de Produção Multimídia da Universidade Santa Cecília — UNISANTA.
okida@uol.com.br

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Reverso da Mídia ou A Era da Insensatez

“Haverá maior solidão do que a ausência de si?” Clarice Niskier, em "A Alma Imoral"

Existem os olhos, e existe o olhar...

Os apresentadores do Jornal Nacional e do Fantástico fazem pose de preocupados quando o assunto é aquecimento global e crise ambiental, porém, a mídia televisiva, mais do que qualquer outra, estimula incessantemente o consumismo, e quão pouco faz para conscientizar...
Troque de carro. Troque de tevê. Troque de celular.
Mude para nossa operadora, temos os melhores planos.
Beba mais cerveja. Etc., etc., etc... (24 horas por dia, 07 dias por semana)

Não estranhe se amanhã, na abertura do Jornal Nacional, anunciarem o velório da coerência, pois vivemos na Era da Insensatez.

“Consumo, logo existo.”

Na sociedade consumista, quem não consome não existe. Triste tempo o nosso...

William Bonner equiparou o telespectador do Jornal Nacional a Homer Simpson,
- um sujeito preguiçoso, burro, que adora ficar no sofá, assistindo tevê, comendo rosquinhas e bebendo cerveja, e que só dá mancadas na vida.

O mais preocupante, porém, não é o fato de termos como editor-chefe e apresentador do maior telejornal do país alguém que nivela milhões de telespectadores com “Homer Simpson”...

A pergunta que devemos nos fazer é:
- E se William Bonner tiver razão? Como foi que alcançamos tal condição, e a quem interessa que continuemos assim...?

A televisão amolece o corpo, a televisão amolece o espírito.

No Brasil, segundo o Ibope, as pessoas vêem, em média, cinco horas de tevê por dia.

Até quando vamos prolongar nosso passivo imobilismo, nossa paralisante apatia?

O sonho dos atuais diretores televisivos é ter como audiência uma imensa massa acrítica, sem uma real capacidade de análise. Um público que não pensa, que não questiona, que é facilmente manipulado, que compra quando e o que lhe mandam comprar...

Por lei, as emissoras são obrigadas a incluir programas educativos na sua programação. Porém, tais programas são relegados a horários de pouquíssima audiência. Globo Ciência e Globo Ecologia passam, por exemplo, de manhã, quase de madrugada, a partir das 6:30h.

A educação leva a um consumo consciente, diminuindo o faturamento das emissoras. Quanto mais se anular o “sujeito pensante”, maior o lucro imediato...

- Segunda a sexta:
TV Globinho
Mais Você
Vídeo Show
Vale a Pena Ver de Novo (será que vale mesmo?)
Sessão da Tarde
Malhação
Novela das seis
Jornal local
Novela das sete
Jornal Nacional
Novela das oito (a partir das nove horas!)
Tela Quente
Casseta e Planeta
Futebol
Linha Direta
Propagandas - Compra - Beba - Consuma... Exista

E chega mais um domingo, e o que já era ruim consegue a proeza de piorar ainda mais... O que dizer do Domingão do Faustão?

“O ser humano ainda não tinha aprendido a amar o próximo e já tinha inventado a televisão, que ensina a desprezar o distante.” Millôr Fernandes

E o que dizer das vídeo-cassetadas do Faustão? Pancadas que ferem, tombos que machucam...

Em maio de 1995 o ator Christopher Reeve sofreu uma queda enquanto andava a cavalo. O acidente o deixou tetraplégico. Pouco tempo depois, em outubro de 2004, veio a falecer aos 52 anos de idade, devido à saúde fragilizada em decorrência da queda. Sua esposa, Dana Reeve, também viria a falecer em seguida, em 2006, aos 44 anos de idade. Alguns associam o surgimento do câncer que a levou ao sofrimento que vivenciou ao lado do marido. O casal deixou um filho, Will Reeve, de 13 anos de idade. Faustão, da próxima vez que resolver zombar dos tombos e da desgraça alheia, lembre-se da sina desta família...

Esta apresentação será interrompida por alguns minutos. Voltaremos logo após os “Reclames do Plim-Plim”...

Beba com moderação...

“Países desenvolvidos vêm estabelecendo políticas restritivas para o anúncio de bebidas alcoólicas, inclusive cerveja, preocupados com a saúde da população em geral e dos jovens em particular. Tais restrições ocorrem pela simples e óbvia valorização da vida...”

“Uma série de estudos demonstra que, no Brasil, os jovens bebem cada vez mais e, ainda por cima, começam mais cedo. É simplesmente risível imaginar que eles teriam mais cautela apenas ouvindo aquela rápida frase de alerta depois do sensualíssimo anúncio com mulheres estupendas.” Gilberto Dimenstein

Segundo levantamento realizado pela PUC/RS, os acidentes de trânsito, nas estradas e nas vias urbanas, resultam em mais de 80.000 mortes por ano no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos metade destes acidentes estão relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas.

Embriague-se com moderação...

E o que dizer de Pedro Bial, quando se dirige aos participantes do Big Brother chamando-os de “nossos heróis” e “nossos mártires”? (Quão deturpados os conceitos de heroísmo e martírio transmitidos. A que ponto chegamos...)

Escola pública localizada no sertão pernambucano. Não há acabamento nas paredes. Há um ano sem merenda escolar. O banheiro está interditado.

Não seria mais sensato qualificar de heróis e mártires os nossos professores...?

Eles que, quase sem nenhum reconhecimento, e em condições tão adversas, tentam manter acesa a chama do saber e do conhecimento. Heróis e heroínas são também os pequeninos alunos com seus chinelos gastos, muitas vezes obrigados a percorrer longas distâncias a pé para chegar à sala de aula...

Bial, junte a produção do BBB, e vão assistir ao documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, do diretor João Jardim, que aborda a situação da educação no Brasil. (é o mínimo que formadores de opinião deveriam fazer...)

Quem sabe o próximo “reality show” possa mostrar a dura realidade de muitos professores e alunos da rede pública, seja no sertão nordestino, seja nas periferias de qualquer capital... Aí sim teríamos um show de realidade...

Enquanto que em outros países o formato “reality show” vem perdendo espaço, no Brasil continua ocupando o horário nobre, o que prova a competência dos marqueteiros globais. A Rede Globo já comprou os direitos de transmissão do BBB até o ano 2011. Um programa fútil, vazio, totalmente desprovido de qualquer princípio ético, e que instituiu a fofoca em escala nacional.

E o que dizer das festas promovidas pela produção do Big Brother? Que belo exemplo são para os nossos jovens: “Bebam para serem felizes, para promoverem farras sexuais”. Obrigado, Rede Globo.

“Admitir ver o ‘Big Brother Brasil’ significa cada vez mais confessar uma falha de escolaridade, passar recibo de fútil, solitário, imaturo, ‘low class’. Nunca deu status para ninguém acompanhar esse programa. Só queima o filme. Fuja de gente viciada nisso.” Folha de São Paulo

Já foi dito que o teatro é a arte do ator, o cinema, a arte do diretor, e a televisão, a arte do patrocinador.

A televisão funciona como um intermediário entre a agência de propaganda, que quer vender o seu produto, e a audiência, o telespectador. A tevê existe por causa do intervalo.

Enquanto professores e escolas se esforçam para formar cidadãos, a televisão fabrica consumidores.

A guerra pela audiência, como toda guerra, é covarde e suja. E na guerra pela audiência, como em qualquer guerra, são as crianças as principais vítimas...

“A televisão foi a maior tragédia que aconteceu à humanidade, e não tem comparação com nenhuma guerra.” Valdemar Setzer, Professor da USP

Em outubro, mês das crianças, o valor gasto no Brasil em publicidade dirigida ao público infantil foi de aproximadamente R$ 210 milhões. Neste mesmo período, foram investidos no Programa Federal de Desenvolvimento da Educação Infantil (FNDE) cerca de R$ 28 milhões.

A televisão transforma crianças da mais tenra idade em consumidores. Leia a seguir trechos do depoimento de uma jovem mãe, publicado recentemente no jornal Folha de São Paulo:

“Às vezes, chego até a achar que ele está de sacanagem - mas não, aos quatro anos e meio, as crianças ainda não dominam um recurso como o sarcasmo. É que meu filho, quando vê televisão, fica muito atento aos anúncios e, ao final de cada um, declara: "Quero um desses". Sua afirmação é tranqüila, em tom de voz normal, mas é a inequívoca expressão de uma vontade.”

“Há variações. Quando o objeto em questão é escancaradamente "de menina", na profusão de rosas e lilases e florzinhas e babados, ele faz o reparo: "Mas se tiver ‘de menino'".

Quando isso começou, o pai e eu demos explicações simplificadas sobre orçamento doméstico ("não dá para comprar tudo o que vemos"), e, claro, nos afligimos com o impacto brutal da propaganda sobre a nossa criança...”

“A cada interrupção de seus desenhos, continua a fazer seu catálogo mental, um rol infindável de desejos:

- o tênis com rodas, armas poderosas de super-heróis inacreditáveis ("mamãe, você sabe que com isso vira Power Ranger de verdade?"), mais tocadores de MP3, celulares ("mamãe, isso é de criança? Se for, eu quero"), videogames e até títulos de previdência privada anunciados como se fossem pirulitos.”

“Não há refúgio: até mesmo nos canais pagos com preocupações ditas educativas, a disputa pela hora em que a criança formula o desejo de ter algo que precisa ser comprado pelos pais é implacável. Por ora, suponho, tenho sorte. Nos ajeitamos lá em casa, mas não sei até quando esse armistício dura...”

Especialistas em comportamento infantil têm constatado mudanças significativas provocadas pela exposição massiva e precoce à publicidade. Segundo constatado, dentre as primeiras palavras pronunciadas, as primeiras intenções de transmitir uma mensagem verbal, já aparece a palavra “compra”...


Pesquisa realizada com crianças de nove anos de idade, de escolas particulares da cidade de São Paulo, revelou que elas trocam, em média, seus aparelhos celulares a cada seis meses, por novos lançamentos. Este consumismo desenfreado, que nos tem conduzido à iminência de um colapso ambiental, é apenas um dos efeitos maléficos da televisão. Bens materiais perderam seus valores intrínsecos, passando a ser vistos como objetos de ostentação. Será que uma criança de nove anos tem necessidade de um aparelho celular?

Diante da tevê, o telespectador está fisicamente inativo. Dos seus sentidos, trabalham somente a visão e a audição, mas de maneira extremamente parcial.

Os olhos, por exemplo, praticamente não se mexem. Os pensamentos estão praticamente inativos: não há tempo para raciocínio consciente e para fazer associações mentais, já que a atividade cognitiva está muito lenta. Isso ficou provado em pesquisas sobre os efeitos neurofisiológicos da tevê.

O eletroencefalograma e a falta de movimento dos olhos de uma pessoa vendo televisão indicam um estado de desatenção, de sonolência, de semi-hipnose.

O piscar da imagem, os estímulos visuais exagerados e contínuos, e a passividade física do telespectador, especialmente seu olhar fixo, fazem com que o cenário seja semelhante a uma sessão de hipnose.

Na leitura, é preciso produzir uma intensa atividade interior: num romance, imaginar o ambiente e os personagens; num texto filosófico ou científico, associar constantemente os conceitos descritos.

A tevê, pelo contrário, não exige nenhuma atividade mental: - as imagens chegam prontas, não há nada para associar. Não há possibilidade de pensar sobre o que está sendo transmitido..., porque as velocidades das mudanças de imagem, de som e de assunto impedem que o telespectador se concentre e acompanhe a transmissão conscientemente. Uma condição similar à da hipnose.

Tudo isso significa que o telespectador está num estado de consciência que têm os animais quando não são atraídos por uma atividade exterior (como caçar, prestar atenção em um possível perigo, procurar alimento, etc.).

“A televisão mata a imaginação e leva ao estado hipnótico.”

"Na tevê não há aprendizado, há condicionamento.” Valdemar Setzer Professor da USP

Infelizmente, a televisão vem ocupando um crescente papel na transmissão dos caminhos da infância. As emissoras e os anunciantes assumiram tal incumbência pensando no seu próprio lucro imediato, e não nas crianças ou no futuro da nação.

Além de condicionar um consumismo desenfreado, estudiosos listam, ainda, dentre as influências maléficas da televisão:

- sobrecarga sensorial, sendo que a tevê hiperestimula o cérebro e faz com que se perca o costume de prestar atenção em atividades que exigem uma concentração maior, tais como ler, jogar xadrez ou assistir às aulas;
- indução a comportamentos violentos;
- desencadeamento de uma sexualidade prematura, artificial e doentia.

Lembre-se de que o exemplo é o mais forte dos ensinamentos. Não podemos restringir o tempo de televisão de nossos filhos sem reduzir o nosso próprio. Além do que, a cultura comercial e consumista é ruim para as crianças, e também para nós adultos: ao protegê-las, poderemos também nos libertar.

- Limite sua própria permanência frente à televisão. Dê um bom exemplo através de sua moderação e discriminação ao assistir programas;
- Torne-se um alfabetizado na mídia, avaliando criticamente a programação e as publicidades veiculadas;
- Não transforme a tevê no ponto central da casa. Evite colocar a tevê no lugar mais importante;
- Ligue a tevê somente quando houver algo específico que você decidiu que vale a pena assistir;
- Evite usar a televisão como se fosse uma babá para seus filhos.

Maria Teresa Rocco, professora da Faculdade de Educação da USP e estudiosa da televisão há mais de 20 anos, aconselha uma exposição diária de, no máximo, 45 minutos. Se atentarmos para o fato de que a criança brasileira passa em média cinco horas por dia em frente à tevê (Ibope), quanta influência da mídia ela sofre?

Descontos de arrepiar!
É para zerar!
Não deixe passar!
Venha correndo aproveitar!

Compre!

Beba!

Schwarzenegger

Van Damme

Steven Seagal

E agora, os gols de Tuna Luso e Itumbiara pela “série C” do campeonato brasileiro.

E no horário nobre: Deborah Secco de calcinha e sutiã dá recorde de audiência à novela "Paraíso Tropical" (Fonte: Folha de SP)

E no nobre horário: Com a “Dança do Poste” de Flávia Alessandra, “Duas Caras” alcança 40 pontos no ibope pela primeira vez.

“Zorra Total” O segundo programa mais assistido pelo público infantil...

Divirta-se com os comentários cruéis e venenosos do Faustão, o riso que se compraz com a humilhação do próximo, a cultura do escárnio...

O quê?
O teu suado dinheiro acabou?
Já não dá mais pra comprar o que te anuncio, - supérfluos itens consumistas?

“Quem disse que não dá? Na Fininvest dá!” Venha correndo pegar dinheiro emprestado!

Endivide-se, Perca noites de sono por conta de dívidas e credores, Enriqueça os agiotas, Mas não deixe de consumir...

E agora, vamos dar aquela espiadinha...

Alemão, Bam-bam, Cobra e Siri (nossos heróis, segundo os produtores do BBB...)

É dia de paredão: “Se vc quer eliminar fulaninho, ligue... Se vc quer eliminar fulaninha, ligue...” (maldade tirar assim o dinheiro dos pobres e dos pouco instruídos...)

“Passarinho quer dançar, O rabicho balançar, Porque acaba de nascer, Tchu tchu tchu...”

Quão vazia uma vida pode se tornar...

É na infância que se cria uma dependência que, freqüentemente, continua pelo resto da vida.

Nada melhor que a tevê para preencher uma vida vazia, carente de aspirações elevadas e sem padrões morais firmes...

“Só teremos um país de verdade no dia em que gastarmos mais com escolas do que com televisão, isto é, no dia em que gastarmos mais com a educação do que com a falta de educação.” Millôr Fernandes

Darcy Ribeiro (1922-1997), um dos maiores defensores da educação no país, o que lhe valeu o apelido de “O Poeta da Educação”.

Ele defendia a instituição da educação em tempo integral no país. Dizia que a escola em turnos é uma perversão brasileira, e que, enquanto num turno a escola educa a criança, no contra-turno a tevê deseduca. Como se pode prosseguir assim?

“Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem: a salvação dos índios, a escolarização das crianças... Na verdade, somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas”. Darcy Ribeiro

Por quanto tempo, ainda, iremos ignorar os conselhos e o inestimável legado, por implementar, de Darcy Ribeiro e de todos os grandes educadores e humanistas?

Por quanto tempo, ainda, iremos permitir que os senhores globais nos tratem como se fôssemos “Homer Simpson”?

Por quanto tempo, ainda, iremos permitir que Faustão, Gugu, Tiririca e Pedro Bial “eduquem” as nossas crianças...?

Sabendo que o compromisso deles é com os anunciantes, o seu trabalho, impulsionar as vendas.

Eficientes campanhas publicitárias nos fazem acumular um acervo de ornamentos e adereços absolutamente dispensáveis (como a constante troca de aparelhos de celular).

Vender ou não vender um produto é simples questão de marketing. Basta saber provocar no consumidor o “desejo de consumo”.

Que infância estamos construindo?

Lembre-se de que a criança só fica alegre quando recebe alguma coisa de seu interesse: seja um bem material, como um presente ou um bem imaterial, como atenção, respeito, carinho. E, dentre estes dois bens, certamente é o imaterial que ocasiona a felicidade verdadeira, duradoura e genuína. Basta rememorarmos a nossa própria velha infância...

Quais as lembranças mais caras que ficaram guardadas da tua infância?

Quais as recordações que ainda fazem sorrir a tua alma...?

“Nada é para sempre, dizemos, mas há momentos que parecem ficar suspensos, pairando sobre o fluir inexorável do tempo.” José Saramago

O verdadeiro tempo é o da memória...

E o que sabemos sobre o tempo, sobre a memória, sobre a vida...?

“O ser humano é um ser complexo, cheio de sutilezas...”

“É um ser que deve ser valorizado em sua singularidade. Cada ser é único, essa é sua riqueza, por isso somos todos tão preciosos. Essa banalização do amor, da violência, do sexo, da solidão, essa banalização da vida que a gente vê na tevê é a própria negação da arte. A vida passa a perder importância.” Alcione Araújo, escritor

A arte tem o poder de abrir os canais da sensibilidade. A arte nos possibilita adquirir vivências que não vivemos, enriquecendo a nossa aventura existencial. A arte é um aprofundamento da experiência de estar no mundo, um mergulho na vida.

O processo de produção televisivo é a própria negação da arte, uma vez que procura gerar uma cultura de massa, com vistas a vender o produto do anunciante.

Procure familiarizar teus filhos e netos, desde a tenra idade, com a riqueza da arte, - teatro, literatura, música, artes plásticas... O livro é um tesouro, tesouro maior, o livro lido.

O que falta para a gente mudar o ângulo do olho e perceber as belezas que estão à nossa volta?

Desligue a tevê, e torne a vida num lugar melhor...

Miríades de potencialidades e possibilidades nos reserva a vida...

Uma outra infância é possível. Buscar a Fonte límpida, em meio aos córregos poluídos.

Enxergar um Novo Mundo, solidário e humano, por construir, em meio às ruínas do velho mundo, individualista, materialista e consumista.

Quem são os teus heróis, quem são as tuas heroínas?
Quem são os heróis e as heroínas dos teus filhos?
(que possam não ser os Bambans do Big Brother ou as Sheilas do Tchan...)

Um outro Brasil é possível, onde a educação e a cultura ocupam o espaço que, de direito, lhes pertence.

Um outro mundo é possível. Um mundo de novas atitudes, novos paradigmas, novos olhares, nova postura, nova visão...

"O coração da criança é campo favorável à semeadura do bem."
Henri Poincaré - matemático, físico e filósofo francês

“Melhor legado para deixar aos filhos? A solidariedade.”
Luis Fernando Veríssimo

“Se as pessoas não buscarem uma saída espiritual rapidamente... O mundo não vai acabar, mas ficará uma situação insustentável.” “Mas ainda temos as crianças, e isso é o que pode nos salvar...” Renato Russo