quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mococa - marca brasileira desde 1919

Em 1919, dois irmãos com talento para traduzir o sabor do campo em deliciosas manteigas artesanais fundaram a Mococa, na cidade de mesmo nome, no estado de São Paulo.

Noventa anos depois, está presente em milhares de mesas brasileiras, em forma de sobremesas, café da manhã, tortas, bolos, molhos, bebidas e muito mais. Isto só é possível, porque a marca se manteve fiel ao sabor das coisas simples do campo, prezando pela saúde, nutrição e prazer da sua família. A tradição continua, mas com muita evolução: a empresa ampliou a linha de produtos e investiu em qualidade e inovação. O que se reflete na nova identidade visual Mococa: embalagens mais atuais, sem perder a personalidade. Quando você for ao supermercado, vai encontrar a mesma Vaquinha Mococa na gôndola, repaginada, mas representando os mesmos valores e qualidade confiável há 90 anos. De uma fábrica de manteiga de escala artesanal, a Mococa tornou-se um ícone de qualidade, de proximidade, de pureza à mesa.

1919
Nesse ano, na cidade de Mococa, os irmãos Izabel do Prado Barreto e Francisco Muniz Barreto iniciam a produção de manteiga para atender ao comércio local. O “maquinário” consistia em uma batedeira de manteiga manual e uma prensa de madeira, comprada e paga às esposas dos fazendeiros da época.
1920
Logo, passaram a comprar, não só o creme de leite, mas também, o leite in natura, do qual se extraía o creme de leite na própria fábrica, já equipada com uma desnatadeira.
1940
Duas décadas depois, em franco crescimento, a empresa importa equipamentos para a produção de leite em pó, mas somente nos anos 50 inicia-se a produção.
1947
Sempre à frente de seu tempo, a Mococa firma sua vocação para o pioneirismo com a instalação de uma máquina suíça de empacotar manteiga, em São Paulo – a primeira da indústria nacional.
1956
Enfim, o leite em pó chega à mesa do brasileiro para nunca mais sair. A nova fábrica da Mococa é inaugurada pelo Presidente da República Café Filho. Mais uma vez, é a primeira no ramo.

1975
Talvez o primeiro pudim de leite que você saboreou tenha sido feito com o novíssimo Leite Condensado Mococa. Mais uma novidade de grande sucesso às mesas brasileiras. A fábrica de Leite Condensado Mococa possuía um moderno equipamento de tecnologia alemã, com capacidade de produção de até 1.800 toneladas por mês.

1980
Acompanhando a necessidade de inovação e as mudanças de hábitos de consumo, a Mococa inicia a produção de uma série de novos produtos como achocolatados instantâneos com vitaminas e misturas lácteas em pó à base de cacau e café.
1986
Sempre na vanguarda, lança o Leite Concentrado em embalagem Tetra Pak – o primeiro do mundo nesse tipo de embalagem.

1987
O sucesso comprovado leva outro produto para dentro da caixinha: Creme de Leite Tradicional em embalagem Tetra Pak. O know-how do campo vai além da matéria-prima leite. Por isso, a Mococa diversifica sua linha de produtos e inaugura em Arceburgo (MG) uma fábrica de produtos derivados de cereais, com modernos equipamentos nacionais e importados.

Animação realizada no início dos anos noventa. Produção do estúdio DANIEL MESSIAS. www.danmess.com
1992
O leite vira Doce de Leite delicioso, e finalmente temos uma Farinha Láctea 100% nacional.
1995
Novos produtos para novos consumidores. Mingau de Arroz, Mingau de Milho e Achocolatado em Pó. Como a empresa não estava mais produzindo exclusivamente produtos lácteos, muda a razão social: de Laticínios Mococa para Mococa S.A. Produtos Alimentícios.
1999
À tradição e qualidade Mococa foram acrescentadas a experiência e tecnologia européias. A empresa é adquirida pelo Grupo Royal Numico, de origem e capital holandês, que há mais de 100 anos desenvolve, fabrica e comercializa produtos para diversas áreas da nutrição humana.

2003
Em 22jul2003, é assinado o contrato de venda da Mococa Produtos Alimentícios S.A para o grupo Kremon.

2008
Para se adaptar aos tempos de crescimento e conquista de novos consumidores, a Mococa mexeu fundo em suas estruturas. Renovou sua imagem a partir de uma nova marca. A tradicional vaquinha voltou e, desta vez, acompanhada por modernos recursos gráficos. As novas embalagens são mais marcantes e bonitas, como você pode conferir na gôndola do supermercado. Até mesmo este site foi todo reformulado para você encontrar aqui tudo o que precisa e quer saber sobre a Mococa.

Cannes Lions 2011 - Skankplay e Banana Mecânica (Beach Soccer)


A equipe brasileira de publicitários do time Banana Mecânica venceu o campeonato de Beach Soccer desta edição do Cannes Lions.

O case SkankPlay é uma realização do coletivo Don't Try This, do produtor Dudu Marote e da banda Skank, com apoio da MTV. Partindo de seis vídeos sincronizados de cada um dos membros da banda, qualquer pessoa poderia "se gravar" tocando com o Skank. Juntando todos os participantes da ação, é possível agora montar mais de 30 mil bandas tocando a faixa "De Repente" do Skank.
Ficha Técnica
Agency/Collective: DonTryThis
Creatives: Caio Mattoso, Pedro Gravena, Rodrigo Mendes
Creative Directors: Caio Mattoso, Pedro Gravena, Rodrigo Mendes
Music Company: Dr. DD
Music Director: Eduardo Marote
Video Production Companies: Vila Filmes and Kardman Audiovisual
Scene Directors: Pedro Ferrarini e Guga Nogueira
Motion Graphics Director: Pedro Ferrarini
Video Production Director: Caio Tozzi
Chief Developer: Cauê Passero
PR: Priscila Cotta
"Foi muito legal ter ganhado esse Leão e estamos muito felizes. Fiz esse trabalho por uma realização pessoal e é lucro ser reconhecido pelos jurados de Cannes."
Rodrigo Mendes, do coletivo Don't Try This, sobre Leão de Ouro em PR, com "SkankPlay"

O coletivo DonTryThis - dos publicitários Caio Mattoso, Pedro Gravena e Rodrigo Mendes - criou para o Skank o projeto SkankPlay, plataforma que vai permitir que qualquer pessoa toque virtualmente com os quatro integrantes da banda e crie videoclipes oficiais para a música "De Repente", do CD e DVD "Multishow ao Vivo - Skank no Mineirão”. "A intenção é que a música não tenha apenas um videoclipe oficial, mas quantos as pessoas quiserem", diz Samuel Rosa.

A MTV é apoiadora do SkankPlay e vai veicular alguns desses videoclipes oficiais. O projeto tem produção musical de Dudu Marote. Ao entrar no site, o internauta verá seis vídeos diferentes, cada um com um integrante da banda tocando sua parte na música.

Samuel Rosa aparecerá em três vídeos: dois de voz e um de guitarra. Ao apertar o botão Play, o visitante verá todos os vídeos sincronizadamente, formando a música. Por meio de um miniaplicativo disponível no site, qualquer pessoa poderá gravar sua própria versão para a música "De Repente", seja cantando, tocando ou fazendo uma performance. Depois, é só colocar o vídeo (ou mais de um) no lugar de um dos seis iniciais e, assim, fazer uma jam session virtual com o Skank.

O botão “videoclipe” faz com que os vídeos sejam mixados e fundidos em um só. Essa versão personalizada do clipe, além de ficar no site, poderá ser adicionada (embedada) em blogs, no Facebook etc. Para quem não sabe tocar ou cantar a música e quiser participar da brincadeira, haverá vídeos tutoriais realizados pelos próprios integrantes do Skank.

Alunos da escola EM&T (Escola de Música e Tecnologia), de São Paulo, foram os primeiros participantes a testar o SkankPlay.



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Os 4 Rs - vídeo: erreway 4 caminos

Os antídotos para o estresse provocado pelo excesso de opções podem ser encontrados nos "4Rs do marketing de substituição": replace, repackage, reposition, replenish.

O imperativo do marketing de substituição não se aplica a todos os produtos e serviços. As estratégias de marca como as da Polaroid, as de nicho como as da Rolls Royce, as de padrões da indústria como as de Intel e as de controle da distribuição como as da Coca Cola isolam eficazmente esses operadores. Talvez o melhor isolamento consista em ocupar e defender a posição de produtor de "baixo custo" mesmo que em algumas categorias de produto possa resultar irrelevante que um novo produto seja incremental se o preço é correto.

No entanto, para a maioria, incorporar o marketing de substituição às estratégias de marca e posicionamento será cada vez mais essencial.

Replace – Tanto de marcas quanto de produtos. Existem limitações na capacidade do cliente para lembrar e desenvolver percepções de muitos nomes de marcas numa mesma categoria. Quando as vendas do automóvel Acura começaram a cair, a gerência concluiu que uma das causas fundamentais foi que as sub-marcas de suporte como Legend, Integra e Vigor diluíam o poder do Acura com relação à concorrência. Infiniti, Lexus, Saab e Volvo usavam números para seus modelos no lugar de sub-nomes de marca, concentrando seus recursos de criação de marca em um único nome. Conclusão: a Acura finalmente deixou de utilizar suas sub-marcas em favor da designação alfanumérica para seus modelos, substituindo quatro marcas por uma e devolvendo o enfoque adequado.

Reposition – Embora a "era do posicionamento" tenha começado há 25 anos, sua importância atual é ainda maior em um mercado que se movimenta rapidamente. Por exemplo, muitos compradores de carros que não estão entre os ociosos ricos têm dois "conjuntos de marcas" em suas mentes. Uma é a ideal ("Um dia eu vou ter uma Mercedes ou uma BMW") e outra é a do "aqui e agora" ("Este ano preciso de um carro novo. Acho que vou testar um Taurus e um Accord"). O reposicionamento pode fazer uma marca mais acessível que permita substituir esses dois grupos, dando para o consumidor uma "trajetória migratória" desde o presente até o futuro sem deixar uma marca no meio do caminho. Isto explica parcialmente o recente ressurgimento da Mercedes-Benz. A Mercedes colocou em prática aquilo que Peter Drucker chama "preço baseado no custo": tomar o custo do que custa produzir algo, agregar uma boa margem de lucro e voilà!, aí está o preço de venda. Em 1994, quando a Mercedes impulsionou seus preços da "Classe C" a menos de US$ 31.000, as vendas aumentaram 60% em um ano quando compradores que até aquele momento ficavam excluídos conseguiram que a marca de sua escolha futura se tornasse a marca de sua escolha atual.

Repackage – A estratégia de "reagrupar" é uma que os profissionais do marketing —e os clientes— aceitaram, especialmente no marketing da categoria business-to-business. A essência desta estratégia provém de combinar múltiplos produtos, às vezes incluindo os de fabricantes rivais, numa solução mais simples, mais integrada com um único ponto de contato para o cliente.

Replenish – Por ser a menos chamativa, a estratégia de "reposição" também é a que recebe menos atenção. Mas, ao eliminar as opções múltiplas, é a estratégia que no longo prazo causa maior impacto na lealdade do cliente. A premissa básica é a simplificação: o consumidor toma uma decisão de marca uma única vez e o fabricante então "promete" manter esse produto ou serviço atualizado e “repor” ou atender constantemente.

Enquanto o marketing de substituição nos ajudará a nos assegurar que o consumidor não terá que lidar com produtos incrementais, aqueles que consolidam múltiplas soluções em uma única vão reduzir a quantidade total de decisões que devem tomar. À medida que cada especialista de marketing decidir se seus produtos são de substituição ou incrementais, decidirá por default se como empresa e/ ou marca é um "simplificador" ou um "multiplicador".











Havaianas

Depois que a Havaianas entrou no mercado internacional, ela não parou mais de fazer ações publicitárias criativas.





Uma delas foi essa ação de guerilha desenvolvida pela BBDO de Nova Iorque, para promover o novo estilo floral da linha Flip Flop, onde foi criado "camas" com flores plantadas nos locais de venda, reforçando a imagem da marca à natureza e às cores.

Uma bela ação de guerrilha! Que completa esse outdoor:

Uma outra ação que achei muito boa, foi essa onde foram distribuídos tapetes 'de saudação' em algumas portas, com um par de Havaianas!

Data Original: 01/10/2007 - AlmapBBDO
A reação era imediata: a pessoa saia de manhã para trabalhar e se deparava com essa saudação em sua porta, podendo usar o tapete dentro ou fora de casa, com a vantagem de já ter o lugar de guarda a sandália!


A Havaianas foi inspirada na sandália de dedo japonesa Zori, feita de palha de arroz. Em 14jun1962 foi criado o primeiro modelo que tinha como diferencial a matéria-prima. Por ser feita de borracha era mais durável e confortável. Visualmente pobres e baratas, as sandálias ganharam popularidade. O humorista Chico Anysio foi uma arma das Havaianas no combate às imitações. Com o slogan As únicas que não deformam, não tem cheiro e não soltam as tiras, a marca se tornou ainda mais popular.


Quem viveu nos anos 60 e 70 deve se lembrar do humorista Chico Anysio em campanhas publicitárias das sandálias Havaianas, fabricadas pelas Alpargatas. O artista, por meio de personagens de sua criação, foi a primeira celebridade a divulgar o produto, um sucesso na época que gerou falsificações. Assim, para frear a ação da concorrência desleal, a campanha - brega, nos dias atuais - teve o objetivo de informar na época que as legitimas Havaianas não soltam tiras e não têm cheiro. O produto e a marca, ao longo dos anos 1980, começaram a se desgastar, razão pela qual a empresa trocou de agência, mudou sua estratégia de comunicação, e conseguiu transformar a sandália num produto fashion, exportado para vários países. Trata-se de um dos principais cases de marketing no País. A ação, com uso de personalidades, começou nos anos 1990 com o pioneiro Chico Anysio. Thereza Collor veio logo após. Embasado no mote "Todo mundo usa Havaianas, o ator Luis Fernando Guimarães flagrava, na seqüência, Vera Fisher, Malu Mader, Bebeto e Maurício Mattar usando as sandálias. Cristiana Oliveira apareceu, mais tarde, assim como Fábio Assunção, Rodrigo Santoro, Luana Piovani e Déborah Secco. Marcos Palmeira, Raí, Popó, Luma de Oliveira, Marcos Pasquim e Reinaldo Gianechini, entre outros, também deram o ar da graça em divertidas situações relacionadas ao produto. Para quem gosta de publicidade e procura por filmes antigos, uma boa dica é recorrer à Memória da Propaganda (pesquisa@memoriadapropaganda.org.br), cujo acervo se encontra sem fase de digitalização por meio de apoio da Rede Globo.

Nesta campanha o ator Luis Fernando Guimarães flagrava personalidades como Vera Fisher, Malu Mader, Bebeto e Maurício Mattar usando as sandálias. Todo esse repertório contribuiu para que a sandália se tornasse a mais democrática que já se viu.

Post-It e suas ações

Quem nunca utilizou aquele pequeno papel amarelo para deixar recados ou anotar coisas para não esquecer? Esse é o sucesso do Post-It!

E suas ações de divulgação são bastante criativas e simples, como essa da DDB de Singapura para reforçar ainda mais o seu 'status' de notas de lembrete mais usados.

Ele foi reembalado como se fosse livros de auto-ajuda para melhorar a memória e mensagem não poderia ser diferente: "To improve your memory, you simply need a Post-it" - " Para melhorar a sua memória, você precisará de um simples Post-it."

Mas o que eu acho mais interessante, é que muitas marcas fazem ações usando o post-it e gera para ele uma publicidade 'free'.

A Internet está mudando: Você percebe?

Vivemos em um mundo excitante. Um mundo que passa por mudanças radicais todo dia. É provável que você nem tivesse ouvido falar em YouTube, Second Life e MySpace há um ano, mas hoje eles dominam a discussão sobre tendências sociais e o futuro da Internet. Já houve o tempo em que o e-commerce ditava o debate na Internet.

Agora, porém, está claro que entramos em uma nova era e somos capazes de sentir a Internet mudando diariamente. A futura Internet pouco vai lembrar a de hoje. É eletrizante pensar nas inúmeras possibilidades para a Internet que ainda nem foram questionadas, mas o mesmo desconhecido que é estimulante guarda armadilhas perigosas.

Depois da explosão da bolha das ponto-com, nós nos acostumamos à idéia das empresas tradicionais reivindicarem a posse da Internet. Agora, os consumidores ingressaram na “Any Era”, demandando acesso a qualquer informação, através de qualquer dispositivo, a qualquer hora e em qualquer lugar. E eles não querem apenas ter acesso, eles querem também contribuir, personalizar e socializar. Sites gerados por contribuição de consumidores, como Facebook, Wikipedia e Flickr, desbancaram muitas empresas tradicionais da lista dos 20 principais sites dos Estados Unidos.

Os consumidores estão pedindo as mesmas funcionalidades nas telecomunicações. Eles estão abandonando linhas de telefonia fixa, PCs e e-mail e se tornando totalmente móveis. O rolo compressor ”Ídolos” é um exemplo. O e-mail agora é considerado ultrapassado pelos adolescentes, que enviam mais de 200 milhões de mensagens, entre SMS (mensagens de texto via celular) e mensagens instantâneas, diariamente, através de dispositivos móveis.

Vivenciamos essa transformação há mais de 12 anos – dos primórdios de acesso à Internet e sites básicos para os anos de adolescência do e-commerce e do e-business e daí para os anos mais evoluídos da Web 2.0, mensagem instantânea onipresente, voz sobe IP, interfaces Web 2.0, smart phones, RFID e entrega de vídeo em banda larga. Não se trata mais de “se você construir, eles virão”. Eles estão vindo e cabe aos fornecedores de infra-estrutura construir e, em alguns casos, reconstruir a infra-estrutura da Internet para assegurar que ela não entre em colapso sob o peso de todo este novo uso.

Prevê-se que nos próximos três anos o volume de tráfego na Internet aumentará 10 vezes à medida que três fatores entram em jogo:

1) as redes sociais (social networking) se expandem para além do domínio dos jovens;

2) os cerca de dois bilhões de telefones celulares e PDAs existentes no mundo se tornam habilitados para Internet e dezenas de milhões de lares mudam para a telefonia de voz sobre IP (VoIP);

3) o número de usuários de Internet dobra e chega a 1,8 bilhão.

Portanto, temos a responsabilidade de garantir que, a qualquer momento, todo e qualquer usuário de Internet possa ter acesso aos nomes de domínios .com e .net mundialmente. Apenas seis anos atrás, eram gerenciadas um milhão de consultas diárias ao sistema de nomes de domínios (DNS). Hoje, a mesma tarefa leva menos de uma hora. O número de consultas ao DNS vai continuar aumentando e, provavelmente, disparar. A previsão é de que, em 2010, vamos lidar com 270 bilhões de consultas diárias. São mais de três milhões de consultas ao DNS por segundo. Não há cartão de crédito, telefone ou qualquer outro sistema no mundo que lide com este volume de transações.

Para suportar esta carga, é necessário embarcar em uma iniciativa ambiciosa e ampliar 10 vezes a infra-estrutura de Internet até 2010, aumentando a capacidade de consultas diárias ao DNS de 400 bilhões para 4 trilhões, e a velocidade de 20Gbps para 200Gbps. O Project Titan inclui não só instalar mais equipamentos, como também ampliar e aprimorar os sistemas, as operações e os processos mundialmente para gerenciar o crescente tráfego de Internet.

Será suficiente? Esperamos que sim, mas honestamente, não sabemos. Um novo tipo de tráfego está crescendo rapidamente: as consultas geradas por máquinas, e não por indivíduos. Nos próximos anos, mais de 180 milhões de dispositivos domésticos vão acessar a Internet. Muitos vão iniciar consultas na Internet por conta própria sem interação humana. Uma geladeira, por exemplo, poderia enviar uma mensagem alertando que está gelada demais ou que precisa de conserto. Sensores médicos nas residências vão comunicar continuamente aos consultórios médicos os sinais vitais de um doente crônico. Ou sensores em auto-estradas informarão o volume e a retenção de tráfego para satélites, que transmitirão a informação para sistemas de navegação GPS em carros, ajudando os motoristas a descobrir a melhor rota para seu destino. Seja qual for a utilização, está muito claro: a Internet está mudando e teremos de evoluir também se quisermos suportar o que quer que ela venha a ser.

Mas a certeza de mudança é acompanhada por outra constante assustadora: a ameaça crescente de ataques cibernéticos. Em uma distorção infeliz, os próprios dispositivos e o aumento de largura de banda que tornam a Internet mais robusta e amigável para o consumidor agora expõem a Internet a riscos. Os computadores estão sempre conectados (always-on), tornando-se alvo fácil de “seqüestros” por hackers e outros violadores.

A maior disponibilidade de largura de banda e de potência de computação dá aos hackers mais munição para usar contra a própria infra-estrutura. Os exploits de segurança aumentaram 700% desde 2000 e os ataques cibernéticos deverão crescer 50% em cada um dos próximos dois anos.
Uma das principais razões para se ampliar a infra-estrutura de Internet mundialmente, para lugares como a Índia, a Alemanha, o Brasil e a África do Sul, é possibilitar que os ataques sejam isolados e contidos. Com a expansão contínua do conjunto de bases de resolução de Internet geograficamente dispersa em regiões emergentes, a infra-estrutura distribuída proporciona segurança e estabilidade ainda maiores contra estes ataques.

A Internet é algo que costumamos dar como certo porque funciona muito bem. Mas agora estamos entrando em uma nova era da Internet, sem precedentes, e não podemos dar como certo que ela continuará sempre segura sem fazermos qualquer esforço. Os usuários de Internet têm de se manter vigilantes em relação aos ataques cibernéticos.

As operadoras de infra-estrutura necessitam se preparar para os piores cenários – e outros piores ainda. Os governos precisam trabalhar mais próximos da indústria para assegurar que os sistemas que protegem nossa segurança nacional e nossa prosperidade econômica estejam à altura desta missão. Com as demandas de consumidores fomentando uma inovação e uma criatividade inigualáveis, a Internet está mudando diariamente. Agora, cabe a todos nós garantir que estejamos preparados para o que quer que a Internet venha a ser em 2011 e além.