quarta-feira, 7 de março de 2012

Marcas que desapareceram do mercado brasileiro

Mesmo fora de atuação, nomes como Kolynos, Arapuã, Mappin, Gurgel e Bamerindus continuam na memória dos brasileiros.

Problemas financeiros e falência levaram grandes marcas brasileiras, como as varejistas Arapuã, Mappin e Mesbla, a desaparecerem do mercado. Situação semelhante ocorreu com o Bamerindus, banco que gravou na mente de boa parte dos brasileiros o slogan: “O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa”. Já em outros casos, a marca deixou de existir após ser comprada por outra empresa, como o creme dental Kolynos.

Relembre alguns casos:
A Kolynos foi uma das marcas de creme dental e escova de dentes mais famosas do Brasil. Chegou ao País em 1917, importado dos Estados Unidos, e mais tarde foi instalada fábrica no Brasil. A marca desapareceu em 1997, após ser vendida para a Colgate-Palmolive, e foi substituída pela pasta Sorriso.

Vinheta gráfica dos anos 60, em desenho animado, para apresentação de programas de televisão patrocinados por Kolynos. Duração:15".
Agência: McCann Erickson



A Arapuã já foi a maior varejista de eletrodomésticos do Brasil, tendo como principais concorrentes a Casas Bahia e o Ponto Frio. Antes de quebrar, em 1998, a empresa tinha 265 lojas e mais de dois mil funcionários. A empresa diz, por meio de nota divulgada no fim do ano passado, que os credores aprovaram o plano de recuperação judicial.

O Mappin, oficialmente chamado de Casa Anglo-Brasileira, foi uma tradicional loja de departamentos do Brasil e comercializava itens como roupas, brinquedos e móveis. Foi à falência em 1999, então sob a direção de Ricardo Mansur, mas pode voltar a funcionar em 2013, sob o comando da Marabraz, que adquiriu os direitos da marca por R$ 5 milhões.

A Mesbla foi outra grande loja de departamento no Brasil, que teve sua falência decretada em 1999. Ricardo Mansur, que detinha o controle acionário da empresa na época, chegou a anunciar a volta da marca em 2009 com uma loja virtual voltada para o público feminino de classe A e B. Mas o projeto foi interrompido até que se resolvam questões societárias.

O Bamerindus (Banco Mercantil e Industrial do Paraná) entrou em dificuldades na segunda metade dos anos 1990 e sofreu intervenção do Banco Central em 1997. Os ativos saudáveis do banco foram vendidos ao HSBC pelo valor simbólico de R$ 1. Outros bancos grandes bancos que quebraram nessa época foram o Nacional e o Econômico.

A Gurgel Motores chegou a produzir mais de 40 mil veículos durante seus 27 anos de existência. A empresa criada por João Augusto do Amaral Gurgel foi a primeira desenvolver um motor próprio e fabricar carros 100% nacionais.

O Cine Belas Artes exibiu suas últimas sessões em março do ano passado, após 68 anos de história em São Paulo. A saída do patrocinar e o aumento do aluguel do prédio onde estava instalado, na esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista, levaram ao encerramento das atividades.