quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ortografia I



Hoje vamos tratar de quatro situações que suscitam muitas dúvidas naquele escritor que pretende construir um texto com correção no seu do dia-a-dia:

O uso de "X / CH", com som de "xê": fecho / feixe;

O uso de "G / J", com som de "jê": anjinho / angélico.

Vamos relacionar, também, termos cuja grafia constantemente deixa o leitor em situação constrangedora, muitas vezes atrapalhando o desenvolvimento de seu trabalho. São os seguintes casos:

o uso de "E / I": periquito ou piriquito? umedecer ou umidecer?

o uso de "O / U": costume ou custume? polir ou pulir? soar ou suar?

Há muitas regras para o uso destas letras nos vocábulos da língua portuguesa escrita no Brasil. Vamos destacar algumas de aplicação mais corrente:

GRUPO 1: A REPRESENTAÇÃO DO SOM "XÊ"

Podemos representar este som de duas formas: com "X" ou com "CH".

Nos versos abaixo, retirados da canção "Januária", observe o uso de "J", "G" e "CH":

JANUÁRIA
(Vinícius de Moraes e Toquinho)

"Toda gente homenageia
Januária na janela
Até o mar faz maré cheia
Pra chegar mais perto dela"

Observar que os autores fazem uso da aliteração, figura de linguagem que consiste na repetição do mesmo som para efeito poético.

Divirta-se com alguns trava-línguas com uso de "J" e "G"!

A naja egípcia gigante age e reage hoje, já.

Joguei o jogo no jóquei João.

O júri jurou ante os jurados.

Jurema jogou a jarra no jacaré.

Eu congelo a água gelada com gelo que tem selo à prova d'água.

Um pé de gabiroba bem gabirobadinho, quem bem o desingabirobasse bom desengabirobador seria.

O prestidigitador prestativo está prestes a fazer uma prestidigitação prodigiosa e prestigiosa.

Eu não ligo para a Liga,
Porque a Liga não me liga.
Se a Liga me ligasse,
Eu ligava para a Liga.
Mas como a Liga não me liga,
Eu não ligo para a Liga.

Rosana Morais Weg é professora universitária e consultora empresarial da DSignos - Soluções e Desenvolvimento em Linguagens, empresa que fornece soluções na área de Comunicação Empresarial e Pedagógica.

Mais informações:

http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=9645

Ortografia



Vimos na coluna anterior (Ortografia I) que Ortografia significa a maneira correta de se escrever as palavras.

Hoje vamos tratar da forma correta de se grafar palavras que têm o mesmo som (fonema) "S" (pronúncia CE), mas são escritas de maneira diferente: com "C", "S" ou "SS".

Exemplos: inversão, reeducação, concessão.

Há muitas regras para o uso destas letras nos vocábulos da língua portuguesa escrita no Brasil. Vamos destacar algumas de aplicação mais corrente:

REGRA GERAL - fonema "S".

No início das palavras, usa-se "S" ou "C". Nunca "Ç" ou "SS".

No meio das palavras, utiliza-se qualquer uma das letras, dependendo da regra específica.

Exemplos: sair, saísse, caçar, cassar.

CURIOSIDADES: pronuncie se for capaz!

A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso.

Essa pessoa assobia, enquanto amassa e assa a massa da paçoca de amendoim.

Você sabia que o sabiá sabia assobiar?

Tecelão tece o tecido em sete sedas de Sião. Tem sido a seda tecida na sorte do tecelão.

Se o papa papasse papa. Se o papa papasse pão. Se o papa tudo papasse, seria um papa-papão.

A eleição à presidência de nossa organização deveria ser uma conjunção de interesses, onde compromissos assumidos não excedessem a inversão de valores éticos, nem a pretensão de ascensão e expansão social, num consenso geral, sem exceções ou excessos na disputa dessa importantíssima posição na empresa.

A retenção de água ou sua abstenção podem causar alterações na função de alguns órgãos e mesmo a depressão. Por isso, o conselho dos profissionais da saúde é que estejamos sempre com nossa atenção voltada para mudanças que podem ser importantíssimas à nossa pretensão de viver bastante.

Se eu tagarelasse, tu tagarelarias.
Se tu tagarelasses, eu tagarelaria.
Se ele tagarelasse, ela tagarelaria.
Se nós tagarelássemos, vós tagarelaríeis.
Se vós tagarelásseis, nós tagarelaríamos.
Se eles tagarelassem, elas tagarelariam.

OBS.: Leia muitíssimo, escreva com correção e decore pouquíssimo!

Atenção!

Escreve -se com "S" e não com "C"/"Ç" as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.

Ex.: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual.

* Virgínia Maria Antunes de Jesus e Rosana Morais Weg são professoras universitárias e consultoras empresariais da DSignos - Soluções e Desenvolvimento em Linguagens, empresa que fornece soluções na área de Comunicação Empresarial e Pedagógica.

Mais assuntos sobre ORTOGRAFIA, visite site:

http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=9565

Começar... “DE NOVO”!


O registro de uma experiência de doze meses de atividade gerenciando o comercio publicitário de uma operadora de TV por assinatura localizada no interior do estado de São Paulo, exercitando o comportamento e o relacionamento na busca de clientes e anunciantes, utilizando todas as ferramentas de administração comercial e conceitos sociais com muita criatividade.

Tenho por fé ao executar um projeto, um novo estudo de trabalho, acarretar em sua realização ideais que atendam aos desafios e metas a serem superados.

O inicio do trabalho orientado em princípios, embasado na experiência anterior, de maneira que evite a vivência do precipício.

Começar..., sugere ao leitor “esquecer o passado”, abrir a mente ao comportamento social no modelo comercial publicitário implantado na década de 60.

Desenvolvendo um laboratório de relacionamentos pessoal e interpessoal, com atributos confiavéis e critérios de credibilidade que atenda a necessidade dos agentes envolvidos na negociação, considerando as novas ferramentas tecnológicas a disposição da sociedade.

O livro: Começar... - Está disponivel com exclusividade por este blog, envie sua solicitação de aquisição ao email: jcnavegador57@gmail.com

AMBIENTE DE MERCADO (1998)


Encontre 7 pessoas


Encontre 9 pessoas

O território brasileiro é composto por mais de cinco mil municipios distribuidos em 8,5 milhões de quilometros quadrados, mais de 70% da sua população reside numa faixa de aproximadamente 100 quilometros de largura por 8 milhões de quilometros da praia do oceano Atlântico, temperado pelo clima tropical no sul da linha do Equador.

O I.B.G.E (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) informa que existe 160 milhões de habitantes, 25 a 30 % destes estão em atividade economica, interpretam a lingua portuguesa com diversos sotaques, concentram-se em menos de 4% das cidades existentes, aproximadamente 75% desta população sobrevive com um rendimento per capita de R$ 200,00 (menos de US$ 200.00).

Desenvolvi meu projeto, numa cidade que abrigava 1 milhão de pessoas em 250 mil residências. Localizada numa linha quadrilatera imaginaria entre São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, B.Horizonte/MG, São Jose do Rio Preto/SP, Londrina/PR, Curitiba/PR. Neste quadrilatero encontra-se mais de 85% do PIB (Produção Industrial do Brasil).

Todo este numeral pode ser um facilitador de negócios, mas vale lembrar que não importa aonde você estará desenvolvendo o seu projeto, o primeiro passo e conhecer o terreno onde você vai atuar, como um general em guerra, você tem que conhecer o seu campo de batalha e descobri-lo.

Na era dos Mp´s



Com hard e softwares, insumos que estão aposentando o silício a capacidade de memória está sendo reduzida ao milionésimo espaço ilimitado.

Você acabou de ganhar um MP3 com 1 giga de memória...

Faça sua rádio personalizada, sem propaganda, somente com a programação do que você quer ouvir e não gaste dinheiro com CD´s piratas ou originais.

1 giga de memória dá para guardar algo como 150 músicas, 10 horas só de músicas...

Compare a aquisição (em 2006) pelo preço de 3 CD’s “original” ou “oficial" (imposto, royalty e tudo o mais).

Acesse o site www.limewire.com e faça dowlouad do aplicativo lime Pró, pronto é só providenciar a pesquisa de suas músicas preferidas, em poucas horas você terá a sua programação personalizada.

Visite sites como www.we7.com (do Peter Gabriel, ex-vocalista da banda Genesis)
www.playble.com
www.spiralfrog.com (esse site é do Canadá)

A evolução é continua... Está chegando o G3 oferecendo upgrade ao Ipod...

Second Life



"Second Life" está morrendo aos poucos, aponta Forbes 25/6/2007 10:00:00

Apesar de todo o barulho da mídia em torno da onda "Second Life", há quem diga que o ambiente virtual está sofrendo uma "morte lenta". O indício foi apontado por uma reportagem publicada pela Forbes Magazine.

Empresas como Coca-Cola, IBM e Toyota, presentes na sociedade virtual criada em 2003 pela Linden Labs, estariam repensando se vale a pena o pagamento mensal de US$ 295 para ocupar uma ilha no jogo.

Durante um recente período de sete dias, apenas 360 mil usuários se "logaram" no ambiente, Entretanto, a Linden divulga ao público que o metaverso teria atingido a marca de 7 milhões de "residentes" (termo utilizado para designar os usuários).

Em média, o número de pessoas conectadas simultaneamente em "Second Life" não passa de 30 mil.

A loja American Apparel também manifestou seu descontentamento com o Second Life.

A empresa abriu uma loja na sociedade virtual, fato fartamente divulgado pela mídia.

Agora, a companhia diz que vai desativar o espaço devido às vendas insignificantes, conforme apurou a reportagem da Forbes. Um diretor de uma agência de marketing entrevistado pela publicação disse que investir no jogo é equivalente a lançar uma campanha de marketing no Iraque - o mesmo valeria para aqueles que sonham deixar o trabalho para se arriscar a viver de criar conteúdo para o metaverso.

Seminário discute oportunidades no Second Life 25/6/2007 16:41:00

A FGV realizou nesta segunda-feira, 25, um seminário sobre o Second Life- "Inovando a Comunicação". Um dos temas abordados foi as oportunidades que o segundo mundo oferece para a campanha publicitária. Vale à pena investir na nova mídia? Cristina Rother, sócia-diretora da LOV, contou o case da TAM, primeira companhia aérea no SL.

Em abril, uma festa no céu, que começou às 20h e terminou à 1h, marcou a entrada da companhia. 726 avatares tiveram acesso ao evento, que contou com a presença do presidente da empresa, em pessoa, conduzindo seu próprio avatar.

A TAM criou também estandes em diversos países com atendimento especialmente treinado para estar no SL.

O retorno da campanha, cujo número de investimento não foi divulgado, está aumentando até hoje. Em dois meses, 12.254 avatares visitaram o estande da TAM só no Brasil.

De acordo com Roberta Alvarenga, sócia-diretora da Cafeína Estúdio, os investimentos publicitários começam, em geral, em 10 mil reais, podendo atingir o valor de 100 mil. A vida útil da campanha é de, em média, 6 meses. Mas para que o investimento valha à pena, alguns cuidados são necessários.

Cristina enfatiza que o cliente precisa antes definir junto à agência o que realmente quer: retorno de mídia, aumento de cadastro, mind- share... Para então desenvolver a campanha.

É necessário
- pensar de maneira ousada. "Tem que tomar cuidado para não transportar, da mesma forma, as coisas do mundo real para o virtual".

Já que o SL não tem cheiro nem sabor, Amyris Fernandez, doutora em comunicação em meios digitais, sugere: "Você tem que saber usar a linguagem". A experiência do usuário, segundo Roberta, é o que tem de mais relevante.

Para as campanhas que visam retorno, o trabalho da assessoria de imprensa é fundamental.

Os especialistas garantem que o retorno de mídia espontânea ainda tem sido o maior valor para as empresas no SL.

Lembrando que especialmente num mundo onde tantas coisas acontecem, ganha atenção quem for o primeiro. "Não tem lugar para o segundo lugar.

Assim como no surrealismo e no dadaísmo, interessa saber quem foi o primeiro do movimento", acredita Gil Giardelli, sócio- fundador da Permissiona Inteligência Digital;

"O SL é pouco criativo", afirma Gil Giardelli

Durante a palestra, Gil Giardelli afirmou que o Second Life é o primeiro game de uma área. Assim como a Internet continuou depois que a bolha estourou, o Second Life passará por transformações. O game, que hoje abriga 7.000 negócios rentáveis e tem um PIB diário de 1 milhão de dólares, na visão de Gil ainda "é pouco criativo".

Para ele, no futuro os avatares viverão em outro planeta sem o conceito de país, de casa ou de carro. Até isso acontecer, seja na first life ou na second, as necessidades do consumidor parecem continuar as mesmas.

Passeando por lá, e encontrar um cara com um rabão vistoso e na cabeça ler, jcnavegador wobbit... sou eu...

Aprenda a fazer perguntas - Leila Navarro

Quem me conhece um pouco, ou já leu meus livros, sabe que costumo fazer muitas perguntas. Em um desses livros, "A Vida Não Precisa Ser Tão Complicada" (Editora Gente), usei nada menos do que 156 pontos de interrogação. Sou, sim, uma declarada adepta das perguntas porque elas nos fazem pensar e contribuem para o nosso autodesenvolvimento.

Aliás, segundo o biólogo e cientista chileno Humberto Maturana, duas coisas impulsionam o crescimento do ser humano: curiosidade e dor. E ambas geram perguntas.

Para constatar como a curiosidade nos mobiliza desde cedo, basta observar uma criança: tudo ela quer ver, pegar, experimentar, saber o que é ou para que serve. Vê-se que uma criança é sadia quando é sapeca e curiosa. Mesmo no adulto, a curiosidade não deixa de existir, apenas se sofistica. Instiga-nos a aprender, entender a vida, decifrar o mundo. É um claro sinal de saúde também, de interesse, de vida, de movimento e desejo. Agora, a mesma curiosidade que nos impulsiona a conhecer o mundo deve nos estimular a conhecer a nós mesmos, e é aí que entram as perguntas. Sou da opinião que temos de nos observar constantemente, questionar o que estamos sentindo, o que queremos, o que não queremos, o que nos dá prazer, o que nos incomoda, o que podemos aprender com as situações da vida e por aí vai.

Já a dor, entendida aqui como sinônimo de sofrimento, tem a função de despertar a nossa consciência para algo que precisamos mudar em nossa vida ou em nós mesmos. Para crescer com ela, temos que identificar suas causas, e isso se faz com perguntas também. Se algo a(o) incomoda, pergunte-se por que isso está acontecendo com você. Se um sentimento desagradável aperta seu coração, questione-se o que a(o) faz se sentir assim. Se está infeliz, pergunte-se o que lhe causa infelicidade.

Acredito que as perguntas são essenciais para o nosso equilíbrio nessa vida louca que levamos hoje em dia. Se deixarmos, a correria cotidiana nos coloca no piloto automático e começamos a fazer coisas sem nem saber o porquê. Daí a importância de nos questionarmos constantemente – questionar para onde vamos, o que queremos, o que estamos fazendo conosco. O objetivo de fazer perguntas não é propriamente obter respostas, e sim voltar a atenção para nós mesmos.

Vejo tanta gente buscar a ajuda de um coach para ajudá-las a restabelecer esse equilíbrio ou conquistar os objetivos que desejam... E qual é a base do trabalho desse profissional? Perguntas!

Sendo assim, você pode considerar o hábito de questionar-se como um auto-coaching, que a(o) levará a refletir sobre os rumos que tem seguido até agora, o que está dando certo, o que não está dando e o que pode ser mudado. Aqui vão algumas sugestões de perguntas para fazer em todos os momentos da vida, todos os dias até. Elas poderão trazer grandes insights para sua vida profissional.

SEU PRÓPRIO COACH:

O que me deixa motivada(o)?

Sinto-me confortável onde estou?

O que me deixa satisfeita(o) atualmente?

O que me incomoda?

O que aconteceu com meus sonhos?

Como tenho resolvido meus problemas?

Qual é o meu problema?

O que precisa acontecer para as coisas ficarem como eu quero?

O que essa situação difícil pode me ensinar?

O que estou fazendo para crescer?

O que estou deixando de fazer para crescer?


Leila Navarro é palestrante motivacional no Brasil e no exterior. É autora de cinco livros, todos pela Editora Gente. Venceu o "8º Prêmio Top Of Mind Fornecedores de RH" na categoria "Palestrante do Ano", em 2005.











terça-feira, 15 de julho de 2008

IV Congresso Brasileiro de Publicidade



Regulamentação causa debate acalorado durante Comissão

Entre as teses propostas, não regulamentação da profissão foi a que causou mais controvérsias e acabou sendo alterada

Judith Miller expõe contradições norte-americanas
Para a jornalista e escritora, no mundo pós-11 de setembro há uma grande tensão entre a segurança nacional e a liberdade de imprensa, e que esta última, que é uma premissa de um país que se diz livre, costuma sair prejudicada.

Reserva de mercado no intervalo comercial gera polêmica
Proposta foi recusada na comissão que discutiu Valorização da Indústria da Comunicação

Ataques à liberdade de expressão esbarram na Constituição
O Advogado Geral da União, José Antônio Toffoli, afirma na Comissão de Liberdade de Expressão Comercial que a maioria dos projetos de lei que visam controlar a publicidade ferem a Constituição

Valorização da indústria: principais teses aprovadas

Comissão apóia Fórum Anual e Comitê Executivo para a Indústria da Comunicação
Marketing Direto esmaga a "linha"

Profissionais de marketing direto decidem que podem ser os melhores condutores do processo de comunicação integrada

Comissão de Mídia e Conteúdo propõe auto-regulamentação
Comissão propõe criação de código de ética e auto-regulamentação na integração de conteúdo e publicidade. A atitude pode antecipar intervenções no setor

Cruzar mídias é o ideal nas estratégias de anunciantes
Comissão Novas Mídias defende o crossmedia e criação de um Comitê centralizador

João Roberto Marinho e sua imprensa livre
Vice-presidente editorial das Organizações Globo também respondeu sobre o crescimento da audiência da Record

IV Congresso de Publicidade - Criatividade e eficácia



As primeiras cinco comissões da terça-feira, 15, acontecem entre 10H30 e 13H.

São elas: A criatividade brasileira; Eficácia no planejamento e compra de mídia; A realidade dos mercados regionais; A educação, a profissão e o mercado; e Carga tributária e rentabilidade das agências, fornecedores e veículos.

A criatividade brasileira

Para João Daniel Tikhomiroff (Mixer), um dos debatedores dessa comissão, a principal questão é o uso de estratégias multiplataforma em ações publicitárias.

"A grande questão é saber qual plataforma é mais eficaz e como utilizá-la.
É necessário ter mais estratégia para gerenciar as campanhas, que estão mais diluídas em muitos canais", afirma.

Na sua visão, o uso de cinema, TV, internet, veículos impressos e brand content tem crescido sem indicar que há apenas um único veí­culo a ser privilegiado.

Nas últimas edições do Festival de Cannes, as campanhas ganhadoras foram as que integraram e privilegiaram a criação em vários canais.

"Mas o Brasil tem um fenômeno muito forte que se chama TV aberta. As mensagens publicitárias da TV têm uma eficiência extraordinária e imbatível."

A comissão tem como presidente Nizan Guanaes (Grupo ABC) e como relatora Flávia Faugeres (N/Ideas). Além de Tikhomiroff, participam como debatedores Pedro Cruz (Africa), Rony Rodrigues (Box) e Maurício Magalhães (Tudo). O palestrante será PJ Pereira (Pereira & O'Dell).

Eficácia na mídia

O presidente dessa comissão, Ângelo Franzão (McCann Erickson), espera que o debate seja capaz de responder como aperfeiçoar os processos de planejamento e compra de mídia no Brasil.

Para ele, entre as muitas recomendações para atingir tal objetivo não pode faltar a conscientização do mercado quanto à importância dessas atividades.

"Mesmo entre os empresários da comunicação, muitos insistem em não considerar a contratação de mídias experientes e não investem no ferramental necessário para o bom desempenho da atividade", critica. Para mudar esse cenário, a comissão irá propor o investimento mínimo de 1% da receita das agências na área de mídia.

Além disso, o Grupo de Mídia São Paulo deverá instituir um processo formal de capacitação profissional, pelo qual deverão passar os interessados em atuar na área.

Essa comissão ouvirá palestras de Alexandre Gama (Neogama/BBH), Flávio Ferrari (Ibope) e Luca Cavalcanti (Bradesco), mediadas pelo apresentador da Rede Globo Fausto Silva. O relator será Oscar Mattos (O Globo).

A realidade dos mercados regionais

Um país com as dimensões continentais do Brasil não pode ter um mercado publicitário restrito às capitais. O desenvolvimento dos mercados regionais é necessário para a consolidação da própria indústria da comunicação, pois as estratégias de vendas cada vez mais levam em conta as especificidades de cada lugar.

Além de aumentar o nível de emprego, a regionalização das verbas publicitárias, tanto as públicas quanto as privadas, também ajuda a amenizar a saturação dos principais mercados.

Entre as propostas a serem apresentadas, estão o fortalecimento técnico da propaganda regional, iniciativas que levem os anunciantes a perceber as oportunidades desses mercados e ações governamentais, como incentivos para empresas que contratarem agências e mídia regionais.

A comissão é presidida por Ricardo Nabhan (Fenapro) e tem como palestrante o jornalista e economista George Vidor (O Globo e Globonews). Participam do debate Antonio Ricardo Ferreira (Ibope Mídia Brasil), o deputado federal Cláudio Vignatti (PT/SC) e Ricardo Esturaro (Rede Globo).

A educação, a profissão e o mercado

Presidida pelo professor Francisco Gracioso, da ESPM, a comissão tem como objetivo balizar um estudo aprofundado sobre o perfil dos estudantes de comunicação social no cenário atual.

"Acreditamos que deveria ser formado um grupo de trabalho com agências, anunciantes, veículos e faculdades para se propor um currículo-padrão mínimo para os cursos de propaganda e marketing, a fim de atender às novas demandas", conta Gracioso. "Realizamos uma série de reuniões preparatórias, nas quais todos os membros da comissão contribuíram para a formatação das idéias que serão apresentadas em plenário. As teses também foram longamente discutidas, e elegemos aquelas que deverão constar nos anais do congresso."

Julio Ribeiro (Talent) falará sobre a formação dos egressos dos cursos de comunicação social com habilitação em propaganda e marketing. O debate contará com a participação de Jean Charles Zozzoli (Intercom), Luiz Fernando Dabul Garcia (ESPM), Mário Chamie (ESPM) e Vilma de Morais Strieder (Holos). A relatoria está a cargo de José Roberto Withaker Penteado (ESPM).

Carga tributária e rentabilidade

Cyd Alvarez (NBS), presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), encabeça a comissão e antecipa que o trabalho será intenso: "O tema é extremamente relevante para o nosso negócio. É uma área em que podemos conseguir ganhos extraordinários".

Como preparação para o debate, a comissão buscou contribuições de vários setores do negócio da publicidade e trabalhou para obter convergência sobre os temas a serem discutidos e submetidos à aprovação. Alvarez acredita que o trabalho da sua comissão não se encerra no congresso. "Na verdade, ele se inicia após o seu término. Em se tratando de carga tributária, teremos pleitos fáceis de fazer, mas muito difíceis de implementar. Terminado o congresso, com as propostas aprovadas, teremos ainda que trabalhar muito para conseguir efetivá-las." Além dele, a comissão conta com o advogado tributarista Paulo Aragão, que atuará como palestrante. O relator será João Luiz Faria Netto, advogado do Cenp, da Abap e da ABP, e os debatedores serão Roberto Tourinho (Grupo PPR) e Antonio Lino (Talent).

IV Congresso de Publicidade - Novas Mídias



Cruzar mídias é o ideal nas estratégias de anunciantes

Comissão Novas Mídias defende o crossmedia e criação de um Comitê centralizador

Fazer parte de um mundo em que as tecnologias evoluem em um curto espaço de tempo tornando obsoletos conhecimentos e adaptações recentes, exige de cada cidadão assim como do mercado como um todo a constante busca por respostas diante de uma verdadeira revolução.

Com base nesse cenário de mutações constantes, a Comissão "Novas Mídias" levou ao palco do IV Congresso a discussão em torno do que se pode fazer para desenvolver a forma como se faz publicidade utilizando as diferentes mídias à disposição de agências e anunciantes.

Tendo em vista os consumidores mais poderosos do que nunca e o crescimento de um meio como a internet, que oferece mensuração de desempenho em tempo real, a comissão teve aprovada por unanimidade as quatro propostas apresentadas.

São elas: criação de um Comitê Permanente de Novas Mídias; criação de um portal das Novas Mídias com informações sempre atualizadas; elaboração do primeiro estudo de crossmedia do País e criação de um comitê permanente de educação para Novas Mídias a fim de formar profissionais capacitados.

"Estamos vivendo uma revolução e precisamos encontrar caminhos para desenvolver o mercado publicitário e saciar a ansiedade dos anunciantes em aproveitar o potencial de cada plataforma em sua totalidade. Para isso o mercado terá que unir forças", disse Daniel Barbará, presidente da comissão.

Três recomendações dos congressistas também foram anexadas às teses.

Serão sugeridos também o desenvolvimento de ferramentas para mensuração e padronização das métricas utilizadas pelo mercado, respeito aos conceitos de responsabilidade socioambiental e ético em relação ao uso das novas mídias e a inclusão dos mercados regionais em todas as ações do Comitê gestor.

De acordo com pesquisa realizada pelo IAB Brasil, as razões pelas quais os investimentos publicitários na internet não crescerem em ritmo mais acelerado ainda são sustentadas pela mítica do baixo alcance da rede - mesmo diante dos mais de 40 milhões de internautas, segundo o Ibope -, pelo excesso de termos que poucos dominam e acabam por prejudicar a compreensão dos resultados e a falta de recomendação do uso da rede como plataforma de anúncios por parte das agências tidas como tradicionais dada a remuneração reduzida se comparada a outros meios.

"Mesmo assim, todos os anunciantes que utilizaram a internet em suas estratégias se mostraram satisfeitos com os resultados, principalmente quando foi utilizada a mescla com outras mídias como impressa, rádio e televisão", afirmou Ari Mereghini, membro da entidade.

(Mariana Ditolvo)

Contradições norte-americanas - Judith Miller

Para a jornalista e escritora, no mundo pós-11 de setembro há uma grande tensão entre a segurança nacional e a liberdade de imprensa, e que esta última, que é uma premissa de um país que se diz livre, costuma sair prejudicada. Como boa jornalista, a ex-repórter do The New York Times, vencedora de prêmios Pulitzer e Emmy, Judith Miller descarregou números para comprovar a tese de sua apresentação sobre os Limites da Liberdade de Imprensa: o governo norte-americano, no mundo pós-11 de setembro, está limitando a liberdade de imprensa naquele país.

E isso tem ocorrido num mundo em que, segundo uma pesquisa de uma entidade privada de Washington citada pela palestrante, apenas 37% de 190 países pesquisados são realmente livres (e o Brasil não está entre eles, sendo considerado parcialmente livre. Cuba e Venezuela são os únicos países das Américas que não têm liberdade). A diretora dessa entidade disse que quando a liberdade de imprensa está ameaçada, todas as outras estão também, informa Judith. Apesar do mau posicionamento do Brasil neste estudo, a jornalista parabenizou o Supremo Tribunal Federal por ter cancelado em fevereiro de 20 artígos da Lei de Imprensa de 1967, dando mais liberdade à imprensa. E também fez menção ao fato de que, em nosso país, os jornalistas podem proteger as fontes, ao contrário dos Estados Unidos.

Sobre o seu país, ela citou que no mundo pós-11 de setembro existe uma tensão muito grande entre a segurança nacional, que o Governo utiliza muitas vezes como desculpa para cercear as liberdades individuais, e a prova disso é o monitoramento de e-mails e de telefonemas naquele país; e a liberdade de imprensa, que em alguns casos é obrigada a omitir alguns fatos do leitor em prol da lei de segurança nacional. Ela credita o alto rigor tanto às preocupações trazidas pelos ataques de 11 de setembro e pelos falsos ataques de Antrax subseqüentes, mas também ao Governo Bush, que esconde segredos em nome da segurança nacional. O sigilo foi mais danoso que as informações vazadas para jornalistas, disse ela.

Para Judith, a liberdade de imprensa, que é fundamental para a democracia, está sendo prejudicada por essa premissa, e a prova disso são a criação de novas categorias de restrição, ou seja, mais censura, e os casos de jornalistas presos, como ela, que ficou 85 dias presa em 2005, após recusar-se a revelar o nome de uma fonte para a Justiça norte-americana. Ao final, a palestra teve mais vinte minutos de uma discussão sobre o tema liberdade de imprensa, que envolveu também o Ombudsman da Folha de S.Paulo Carlos Eduardo Lins e Silva, o diretor de conteúdo de O Estado de S. Paulo Ricardo Gandour e Rodolfo Fernandes, diretor de redação de O Globo, com mediação do empresário e apresentador João Dória Júnior.