terça-feira, 15 de julho de 2008

IV Congresso de Publicidade - Criatividade e eficácia



As primeiras cinco comissões da terça-feira, 15, acontecem entre 10H30 e 13H.

São elas: A criatividade brasileira; Eficácia no planejamento e compra de mídia; A realidade dos mercados regionais; A educação, a profissão e o mercado; e Carga tributária e rentabilidade das agências, fornecedores e veículos.

A criatividade brasileira

Para João Daniel Tikhomiroff (Mixer), um dos debatedores dessa comissão, a principal questão é o uso de estratégias multiplataforma em ações publicitárias.

"A grande questão é saber qual plataforma é mais eficaz e como utilizá-la.
É necessário ter mais estratégia para gerenciar as campanhas, que estão mais diluídas em muitos canais", afirma.

Na sua visão, o uso de cinema, TV, internet, veículos impressos e brand content tem crescido sem indicar que há apenas um único veí­culo a ser privilegiado.

Nas últimas edições do Festival de Cannes, as campanhas ganhadoras foram as que integraram e privilegiaram a criação em vários canais.

"Mas o Brasil tem um fenômeno muito forte que se chama TV aberta. As mensagens publicitárias da TV têm uma eficiência extraordinária e imbatível."

A comissão tem como presidente Nizan Guanaes (Grupo ABC) e como relatora Flávia Faugeres (N/Ideas). Além de Tikhomiroff, participam como debatedores Pedro Cruz (Africa), Rony Rodrigues (Box) e Maurício Magalhães (Tudo). O palestrante será PJ Pereira (Pereira & O'Dell).

Eficácia na mídia

O presidente dessa comissão, Ângelo Franzão (McCann Erickson), espera que o debate seja capaz de responder como aperfeiçoar os processos de planejamento e compra de mídia no Brasil.

Para ele, entre as muitas recomendações para atingir tal objetivo não pode faltar a conscientização do mercado quanto à importância dessas atividades.

"Mesmo entre os empresários da comunicação, muitos insistem em não considerar a contratação de mídias experientes e não investem no ferramental necessário para o bom desempenho da atividade", critica. Para mudar esse cenário, a comissão irá propor o investimento mínimo de 1% da receita das agências na área de mídia.

Além disso, o Grupo de Mídia São Paulo deverá instituir um processo formal de capacitação profissional, pelo qual deverão passar os interessados em atuar na área.

Essa comissão ouvirá palestras de Alexandre Gama (Neogama/BBH), Flávio Ferrari (Ibope) e Luca Cavalcanti (Bradesco), mediadas pelo apresentador da Rede Globo Fausto Silva. O relator será Oscar Mattos (O Globo).

A realidade dos mercados regionais

Um país com as dimensões continentais do Brasil não pode ter um mercado publicitário restrito às capitais. O desenvolvimento dos mercados regionais é necessário para a consolidação da própria indústria da comunicação, pois as estratégias de vendas cada vez mais levam em conta as especificidades de cada lugar.

Além de aumentar o nível de emprego, a regionalização das verbas publicitárias, tanto as públicas quanto as privadas, também ajuda a amenizar a saturação dos principais mercados.

Entre as propostas a serem apresentadas, estão o fortalecimento técnico da propaganda regional, iniciativas que levem os anunciantes a perceber as oportunidades desses mercados e ações governamentais, como incentivos para empresas que contratarem agências e mídia regionais.

A comissão é presidida por Ricardo Nabhan (Fenapro) e tem como palestrante o jornalista e economista George Vidor (O Globo e Globonews). Participam do debate Antonio Ricardo Ferreira (Ibope Mídia Brasil), o deputado federal Cláudio Vignatti (PT/SC) e Ricardo Esturaro (Rede Globo).

A educação, a profissão e o mercado

Presidida pelo professor Francisco Gracioso, da ESPM, a comissão tem como objetivo balizar um estudo aprofundado sobre o perfil dos estudantes de comunicação social no cenário atual.

"Acreditamos que deveria ser formado um grupo de trabalho com agências, anunciantes, veículos e faculdades para se propor um currículo-padrão mínimo para os cursos de propaganda e marketing, a fim de atender às novas demandas", conta Gracioso. "Realizamos uma série de reuniões preparatórias, nas quais todos os membros da comissão contribuíram para a formatação das idéias que serão apresentadas em plenário. As teses também foram longamente discutidas, e elegemos aquelas que deverão constar nos anais do congresso."

Julio Ribeiro (Talent) falará sobre a formação dos egressos dos cursos de comunicação social com habilitação em propaganda e marketing. O debate contará com a participação de Jean Charles Zozzoli (Intercom), Luiz Fernando Dabul Garcia (ESPM), Mário Chamie (ESPM) e Vilma de Morais Strieder (Holos). A relatoria está a cargo de José Roberto Withaker Penteado (ESPM).

Carga tributária e rentabilidade

Cyd Alvarez (NBS), presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), encabeça a comissão e antecipa que o trabalho será intenso: "O tema é extremamente relevante para o nosso negócio. É uma área em que podemos conseguir ganhos extraordinários".

Como preparação para o debate, a comissão buscou contribuições de vários setores do negócio da publicidade e trabalhou para obter convergência sobre os temas a serem discutidos e submetidos à aprovação. Alvarez acredita que o trabalho da sua comissão não se encerra no congresso. "Na verdade, ele se inicia após o seu término. Em se tratando de carga tributária, teremos pleitos fáceis de fazer, mas muito difíceis de implementar. Terminado o congresso, com as propostas aprovadas, teremos ainda que trabalhar muito para conseguir efetivá-las." Além dele, a comissão conta com o advogado tributarista Paulo Aragão, que atuará como palestrante. O relator será João Luiz Faria Netto, advogado do Cenp, da Abap e da ABP, e os debatedores serão Roberto Tourinho (Grupo PPR) e Antonio Lino (Talent).

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