terça-feira, 15 de julho de 2008

IV Congresso de Publicidade - Novas Mídias



Cruzar mídias é o ideal nas estratégias de anunciantes

Comissão Novas Mídias defende o crossmedia e criação de um Comitê centralizador

Fazer parte de um mundo em que as tecnologias evoluem em um curto espaço de tempo tornando obsoletos conhecimentos e adaptações recentes, exige de cada cidadão assim como do mercado como um todo a constante busca por respostas diante de uma verdadeira revolução.

Com base nesse cenário de mutações constantes, a Comissão "Novas Mídias" levou ao palco do IV Congresso a discussão em torno do que se pode fazer para desenvolver a forma como se faz publicidade utilizando as diferentes mídias à disposição de agências e anunciantes.

Tendo em vista os consumidores mais poderosos do que nunca e o crescimento de um meio como a internet, que oferece mensuração de desempenho em tempo real, a comissão teve aprovada por unanimidade as quatro propostas apresentadas.

São elas: criação de um Comitê Permanente de Novas Mídias; criação de um portal das Novas Mídias com informações sempre atualizadas; elaboração do primeiro estudo de crossmedia do País e criação de um comitê permanente de educação para Novas Mídias a fim de formar profissionais capacitados.

"Estamos vivendo uma revolução e precisamos encontrar caminhos para desenvolver o mercado publicitário e saciar a ansiedade dos anunciantes em aproveitar o potencial de cada plataforma em sua totalidade. Para isso o mercado terá que unir forças", disse Daniel Barbará, presidente da comissão.

Três recomendações dos congressistas também foram anexadas às teses.

Serão sugeridos também o desenvolvimento de ferramentas para mensuração e padronização das métricas utilizadas pelo mercado, respeito aos conceitos de responsabilidade socioambiental e ético em relação ao uso das novas mídias e a inclusão dos mercados regionais em todas as ações do Comitê gestor.

De acordo com pesquisa realizada pelo IAB Brasil, as razões pelas quais os investimentos publicitários na internet não crescerem em ritmo mais acelerado ainda são sustentadas pela mítica do baixo alcance da rede - mesmo diante dos mais de 40 milhões de internautas, segundo o Ibope -, pelo excesso de termos que poucos dominam e acabam por prejudicar a compreensão dos resultados e a falta de recomendação do uso da rede como plataforma de anúncios por parte das agências tidas como tradicionais dada a remuneração reduzida se comparada a outros meios.

"Mesmo assim, todos os anunciantes que utilizaram a internet em suas estratégias se mostraram satisfeitos com os resultados, principalmente quando foi utilizada a mescla com outras mídias como impressa, rádio e televisão", afirmou Ari Mereghini, membro da entidade.

(Mariana Ditolvo)

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