sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Monitoramento nas Redes Sociais



Quando a CDN Interativa, agência de comunicação digital do Grupo CDN(www.cdn.com.br), criou o SismoWeb (www.sismoweb.com.br), a reação da maioria dos clientes foi de estranheza.

“Para que serve isso, afinal? Será realmente necessário ficar ligado no que dizem a respeito da minha empresa no Orkut, em blogs, comunidades etc?” Talvez cinco anos atrás isso não fosse tão necessário.

Mas hoje, especialmente no Brasil, isso se tornou indispensável.

Segundo o Ibope/NetRatings, “90% dos 20 milhões de usuários de Internet no Brasil acessam regularmente blogs, fotologs, comunidades e mensagens instantâneas”, aponta a revista Info Exame.

A matéria em questão dá exemplo da força atual do efeito boca-a-boca nas redes sociais. “Numa pesquisa-piloto com foco em automóveis, a empresa (Ibope/NetRatings) constatou que (...) se as montadoras fizessem uma campanha estimulando o consumo de veículos no País atingiriam 2 milhões de consumidores. Nas redes sociais, o efeito multiplicador dessa campanha alcançaria um público 500 vezes maior: 1 bilhão de pessoas.”

Gerson Penha, diretor-geral da CDN Interativa, diz que “hoje não há outra saída para as empresas modernas que valorizam seu bem mais precioso: a reputação”. E ele tem razão. “Investimos forte no conceito de Web 2.0. Da mesma maneira que a Internet constrói uma imagem, também pode destruí-la”, diz Ricardo Lidington, diretor da Stella Barros Turismo, para a revista Info Exame. Se as redes sociais podem dar a impressão de não afetar diretamente seu negócio, elas podem, seguramente, interferir na imagem que se tem dele e, de alguma forma, algum dia, isso acabará levando seu consumidor a agir a favor ou contra a empresa.

Além disso, como lembra Gerson Penha, o monitoramento das redes sociais já ajuda as empresas a fazer negócios, adaptando ações de marketing e comunicação às necessidades e demandas que os clientes expressam através da Internet.

A Volkswagen monitora blogs e comunidades há mais de dois anos, e isso a ajudou a dialogar com blogueiros e freqüentadores de redes sociais no case do recall do Fox.

Ação inteligente. Além disso, conhecer de perto a opinião dos clientes potenciais da montadora colabora para definir detalhes dos próximos lançamentos, tais como modelos, cores, potência etc.

Mas, cuidado: antes de interferir diretamente nas comunidades, é importante conhecer as regras desse diálogo moderno para não ser expulso dele antes mesmo de começar a aquecer os motores (já que estamos falando de automóveis). “As redes sociais são uma forma de livre expressão e as empresas que não souberem entender isso e respeitar, sem temer, começam perdendo o jogo”, afirma Gerson Penha.

E a sua empresa, já entrou na era do diálogo democrático das redes sociais?

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